ANÁLISE DO USO DE ANTIFÚNGICOS EM HOSPITAIS PRIVADOS DE FORTALEZA/CEARÁ.
CARLOS VENICIO JATAI GADELHA FILHO 1,2, GLACYANA DA SILVA PINHEIRO1,2, JOEL BEZERRA VIEIRA1,2, JESSICA FERREIRA ROMERO1,2, THAIS COSTA MATTOS1,2, VICENTE DE SOUZA LIMA NETO1,2, ANDRÉ DE JESUS ROLDAN VIANA1,2, ALBERTO DE OLIVEIRA JUNIOR1,2, IGOR MONTEIRO ALBUQUERQUE1,2
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. UNIMED - UNIMED Fortaleza
carlosvjgf@gmail.com

Estudos apontam que as infecções fúngicas ocupam terceiro ou quarto lugar como principal causa de infecções hospitalares. Procedimentos cirúrgicos de grande complexidade, múltiplos procedimentos invasivos e terapia antibiótica prolongada são alguns dos fatores que contribuem para o aumento alarmante das infecções fúngicas (PERMAN, 2013). Com isso, buscou-se analisar o uso de antifúngicos em hospitais privados de Fortaleza. O trabalho em questão consistiu em um estudo observacional e retrospectivo, realizado em dez hospitais credenciados a uma Operadora de Planos de Saúde de Fortaleza/CE. Foram analisados os antifúngicos utilizados por pelo menos três dias de tratamento, no período de novembro/2009 a maio/2018. A coleta dos dados foi realizada através de auditoria prospectiva de prontuários médicos. Os dados foram tratados no programa Microsoft Excel for Windows® 2013. Foram analisados 4.513 antifúngicos de 3.438 pacientes, média de 1,31 antibiótico por paciente. A via mais prevalente foi a intravenosa (88,96%) e 43,71% das prescrições foram em UTI. Dentre as classes de antifúngicos mais prescritas encontram-se os triazólicos (63,88% - fluconazol) e equinocandinas (25,45% - micafungina e anidulafungina). O uso de poliênicos foi de apenas 4,82%. Em FIGUEIRO (2018) o uso de fluconazol também ocupou o primeiro lugar (80,25%), entretanto houve diferença em relação aos demais, no qual o segundo antifúngico mais utilizado foi a anfotericina B (9,24%), seguida da caspofungina (5,88%). Dentre as indicações destacam-se as infecções respiratórias (14,53%) e as do trato geniturinário (6,47%), em um estudo realizado em hospitais da região Sudeste o uso de antifúngicos para infecções respiratórias foi inferior as do trato geniturinário, 4,08% e 26,53%, respectivamente. Em relação ao tempo de tratamento, 30,16% (1.361) finalizaram entre 8 a 10 dias. Em 61,57% dos casos foi solicitado cultura para respaldar a prescrição. Neste mesmo período, foram avaliadas 37.286 culturas nestes hospitais, onde 11% foram positivas para fungos, sendo 98% com crscimento de Candida, no qual a espécie mais presente foi Candida albicans , 45%, a mesma encontrada por FIGUEIREDO (39,58%). Diante do exposto, observou-se que os fungos representam um volume significativo de microrganismos responsáveis por infecções hospitalares. Dessa forma é importante a identificação do agente envolvido para guiar a antibioticoterapia. Palavras-chaves: Fungos, infeções hospitalares e antifúngicos.



Palavras-chaves:  Fungos, Infecções hospitalares, Antifúngicos