PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO SUL DO CEARÁ
NATÁLIA DOS SANTOS ALMEIDA 1, CAMILA FLORINDA NASCIMENTO MARTINS1, MARIA ELISABETH MEDEIROS FEITOSA1, REBECA ARAÚJO DE LIMA1, NATHÁLIA JOANNA NUNES ALMEIDA1, RAQUEL LEANDRO FIGUEIREDO1, YOLANDA GOMES DUARTE1, STELA MÁRCIA NÓBREGA DOS SANTOS1, JULIANA RIBEIRO FRANCELINO SAMPAIO1
1. FJN - Faculdade de Juazeiro do Norte, 2. UNILEÃO - Centro Universitário Dr Leão Sampaio
nattyalmeida49@gmail.com

A sífilis é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Treponema pallidum , que vem se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais. Sua transmissão pode ocorrer para o feto, pela via transplacentária durante a gestação, provocando a Sífilis Congênita (SC), favorecendo a ocorrência de aborto e má formação do feto, podendo levar a sequelas como cegueira, surdez e deficiência mental no bebê, além do risco aumentado de morte ao nascer. Nesse sentido, o objetivo o presente estudo é analisar os casos de sífilis congênita na Região do Cariri no Sul do Ceará. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo baseado nos dados disponíveis no DATASUS, a partir de dados do (SINAN), os mesmos foram coletados do período de 2016 a 2017. Nesse período, foram notificados 150 casos de sífilis congênita, sendo 62 em 2016 e 88 no ano de 2017. Em ambos os anos, nota-se a predominância do número de gestantes que realizaram o pré-natal, 90,32% e 85,25%, em 2016 e 2017, respectivamente. Bem como, os dados são semelhantes quanto à faixa etária do nascido, 98,39% dos casos tinham 0-6 dias e 1,61% 7-27 dias no ano de 2016, em 2017 obtiveram-se 95,45% dos casos com 0-6 dias, 3,41% 7-27 dias e 1,14% 28 a 364 dias. Contudo, ao se tratar do diagnóstico, a maioria dos casos (54,84%) de sífilis materna em 2016 foram diagnosticados durante o pré-natal e o diagnóstico durante o parto/curetagem ocupou o segundo lugar (27,42%), em 2017 ocorre o oposto, diagnósticos durante o parto/curetagem estavam no topo da lista (46,59%), seguido por aquele realizado durante o pré-natal (42,05%). Em ambos os períodos a minoria dos diagnósticos são realizados após o parto. Um fato importante é o tratamento dos parceiros, relevante para evitar o aumento do contágio pela SC, percebe-se que 37,50% (2016) e 20,97% (2017) dos mesmos não aderiram ao tratamento, o que pode vir a dificultar ainda mais o trabalho dos serviços de saúde. Destarte, é evidente o aumento expressivo (41,94%) dos casos ocorridos de um ano para o outro, apesar de haver campanhas e do fácil diagnóstico e tratamento, o que vem a despertar o olhar mais atencioso para essa questão na saúde pública.

 



Palavras-chaves:  Cuidado, Pré-Natal, Sífilis Congênita, Saúde da Criança, Vigilância em Saúde Pública