PROPORÇÃO DE NASCIDOS VIVOS COM BAIXO PESO AO NASCER EM MUNICÍPIOS DO SUL CEARENSE |
O baixo peso ao nascer é caracterizado quando um recém-nascido (RN) vivo apresenta peso de nascimento inferior a 2500g, considerado muito baixo se for inferior a 1500g, e extremamente baixo se for 1000g, sendo assim, propício a maiores complicações para a sua sobrevivência. Suas causas mais frequentes são o tabagismo materno, o uso de bebidas alcoólicas pela gestante, o uso de drogas e a desnutrição materna, entretanto o que mais ocasiona o baixo peso no RN é nascer antes da 37º semana de gravidez, corroborando para uma prematuridade. O presente trabalho tem como objetivo verificar a proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer nos municípios de Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte, localizados na Região do Cariri no Sul do Ceará. Realizou-se um estudo descritivo baseado nos dados disponíveis no DATASUS a partir de dados do SINASC, os mesmos foram coletados do período de 2014 a 2016. A partir dos dados obtidos verificou-se que dos municípios, o de Crato foi o que apontou a menor proporção de baixo peso ao nascer, tratando-se de 8,45% no ano de 2016, em contrapartida, Barbalha foi o que apresentou maior proporção de nascidos vivos com baixo peso nos três anos observados, sendo de 11,27% no ano de 2014, contudo, pode-se perceber uma redução consecutiva nessas taxas, para 10,76% em 2015 e 10,66% em 2016. Em Juazeiro do Norte, no ano de 2014 tem-se um índice de 8,94%, com posterior redução para 8,64% (2015), seguido de um aumento para 8,85% (2016). Por outro lado, no Crato ocorre o contrário, sendo inicialmente um aumento, de 10% em 2014 para 10,29% em 2015, seguido da redução nesse índice para 8,45% (2016). Diante da análise dos dados percebe-se que o município de Barbalha destaca-se dos demais evidenciando maiores proporções de nascidos com baixo peso. Ademais, a variação das taxas apresentadas por estes municípios nesse período avaliado não apresentou diferenças significativas entre os anos, ficando sempre acima do percentual aceitável para os países desenvolvidos (5 -6%). Conclui-se, portanto, que há uma necessidade expressa de intensificar as ações nos cuidados durante o pré-natal a fim de colaborar para o alcance de uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS3) até 2030: reduzir a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos. Palavras-chave: Baixo Peso ao Nascer. Nascidos Vivos. Saúde da Criança. Cuidado Pré-Natal. |