COMPARAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM ESCOLAS DAS REDES PARTICULAR, ESTADUAL E FEDERAL DE ENSINO, DE SALINAS, MINAS GERAIS
ELLEM CRISTINA GOMES DAMASCENA 1, FERNANDO GOMES SILVA1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, VANESSA PAULINO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas, 2. IFNMG - Docente do Curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas
ellem.damascena@hotmail.com

As leishmanioses são doenças zoonóticas causadas por protozoários parasitas do gênero Leishmania. A escola pode se transformar num espaço perfeito de promoção da saúde. Objetivou-se realizar a comparação do conhecimento sobre Leishmaniose Visceral Canina em escolas das redes particular, estadual e federal de ensino, de Salinas, Minas Gerais. A pesquisa de caráter qualiquantitativo, ocorreu através de 298 questionários, contendo questões relacionadas ao conhecimento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC), onde 66 foram aplicados em duas escolas particulares, 118 em uma escola estadual e 114 numa instituição federal. Participaram alunos do 1° ao 3° ano do ensino médio, de 15 a 18 anos. Os resultados foram calculados por meio de proporção simples e posteriormente comparados de acordo com cada sistema de ensino. O percentual total de acertos foi 53,9% (392/726) nas escolas particulares, 42,91% (557/1298) na escola estadual e 47,84%(600/1254) na instituição federal. Seguindo a mesma ordem das redes de ensino, quando indagados sobre o que é a LVC, o percentual de acertos foi de 65,15%(43/66), 77,9%(92/118) e 60,52%(69/114). Sobre o vetor da doença, 77%(51/66), 57,6%(68/118) e 57%(65/114) sabem que é o mosquito Lutzomyia longipalpis . Percentuais de 48%(22/45),  44,87%(35/78) e 23,95%(23/96), já fizeram exame de LVC em seus animais e  80,30% (53/66), 59,32% (70/118) e 71% (81/114) afirmaram saber sobre a importância do cão na transmissão da LVC ao homem. Caso haja suspeita de algum cão com sintomas de LVC, 60,60%(40/66), 49,15%(58/118) e 61,40%(70/114) disseram que deveriam procurar um veterinário. Foi observado um menor percentual de acertos nas medidas de prevenção e controle recomendadas pelo Ministério da Saúde, onde 21% (14/66), 19,49%(23/118), 21%(24/114) uma única medida adequadamente, como o combate do mosquito transmissor através da dedetização. Sobre o tratamento da LVC em cães, 25,75% (17/66), 11,86%(14/118), e 26,31%(30/114) afirmaram existir tratamento, porém não souberam dizer qual e nem como é feito. Após análise comparativa dos três sistemas de ensino, as escolas particulares apresentaram um maior percentual de acertos, seguida da escola federal e estadual. Embora os entrevistados tenham conhecimentos sobre alguns aspectos da LVC, por ser uma zoonose de grande importância, ainda se faz necessária a adoção de medidas para ampliar o conhecimento nos sistemas educacionais, principalmente no tocante à medidas de controle e profilaxia da LVC.



Palavras-chaves:  escola, prevenção, protozoário, vetor, zoonose