CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SALINAS, MINAS GERAIS
ELLEM CRISTINA GOMES DAMASCENA 1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, FERNANDO GOMES SILVA1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, VANESSA PAULINO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas, 2. IFNMG - Docente do Curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas
ellem.damascena@hotmail.com

As leishmanioses integram um grupo de doenças zoonóticas causadas por protozoários do gênero Leishmania , cujo reservatório no meio urbano é o cão. A escola é um espaço importante para promover a saúde e a prevenção de doenças. Objetivou-se realizar o levantamento do conhecimento de estudantes do ensino médio sobre a Leishmaniose Visceral Canina em escolas do município de Salinas, Minas Gerais. A pesquisa, de caráter qualiquantitativo, ocorreu através da aplicação de 298 questionários, contendo questões discursivas e de múltipla escolha sobre Leishmaniose Visceral Canina (LVC). Alunos do 1° ao 3° ano do ensino médio, de diferentes turnos, com faixa etária média de 15 a 18 anos, oriundos de quatro escolas de diferentes bairros participaram da pesquisa. Os resultados foram calculados por meio de proporção simples. O percentual médio de respostas corretas foi de 47,25% (1.549 respostas corretas/3.278 questões respondidas). Quando questionados se já ouviram falar em LVC, 73% (219/298) respondeu que sim, e 68,45%(204/298) disse que é uma doença que afeta principalmente cães, e que pode atingir humanos. Um percentual de 66% (197/298) informou que é transmitida pela picada do inseto vetor, e 61,74% (184/298) sabia que é um mosquito da espécie Lutzomia longipalpis. Em relação ao habitat do mosquito 25,83%(77/298) informou que o habitat é em lugares úmidos e escuros. Um percentual 68,12% (203/298) disseram saber da importância do cão na transmissão da doença, 73,48% (219/298) possui um ou mais cães em casa, e destes, 36,52% (80/219) já fez o exame de LVC em seus cães. Sobre o conhecimento da sintomatologia da doença, 77,85% (232/298) demonstrou conhecer pelo menos um sintoma. Um percentual de 56,37% (168/298) respondeu que deve procurar um veterinário quando suspeitar de um cão com sintomas da LVC. Sobre as medidas de prevenção e controle recomendadas pelo Ministério da Saúde, 20,46%(61/298) disse que deve ser feito o combate do mosquito transmissor através da dedetização e 20,46% (61/298) dos entrevistados sabia que existe tratamento para LVC em cães, apesar de não saberem o nome do medicamento, informando apenas que se dá por meio de  vacinas e remédios. Esses resultados revelam a necessidade de promoção de mais ações educativas de conscientização no âmbito escolar, como palestras, panfletos, com foco em questões relacionadas ao controle e profilaxia da LVC, uma vez que os estudantes podem ser disseminadores desse conhecimento.



Palavras-chaves:  inquérito, mosquito, prevenção, questionário, zoonose