CONHECIMENTO DE GESTANTES SOBRE PARASITOSES NO MUNICÍPIO DE SALINAS, MINAS GERAIS
JÉSSICA LEAL DA SILVA1, ELLEM CRISTINA GOMES DAMASCENA 1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, FERNANDO GOMES SILVA1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, VANESSA PAULINO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas, 2. IFNMG - Docente do Curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas
ellem.damascena@hotmail.com

As doenças parasitárias na gestação são frequentes, uma vez que as gestantes são um público com características especiais, apresentando uma imunodeficiência temporária. Objetivou-se verificar o conhecimento de gestantes sobre parasitoses no município de Salinas, Minas Gerais. Para isso, em maio de 2018 foi realizado um estudo descritivo qualiquantitativo, através de um questionário com 15 perguntas relacionadas ao conhecimento sobre parasitoses, transmissão, diagnóstico e tratamento, bem como hábitos de higiene para a prevenção. Escolhidas aleatoriamente, participaram da pesquisa 25 gestantes em atendimento pré-natal em Unidades Básicas de Saúde do município. O critério de seleção foi a concordância em participar, respeitando o caráter sigiloso da pesquisa. As respostas obtidas foram calculadas em percentual simples. Das gestantes participantes, 88% (22/25) responderam corretamente o que é um parasita; 100% (25/25) assinalaram assertivamente ao menos uma forma de transmissão e 88% (22/25) responderam ao menos uma opção correta sobre a localização no hospedeiro onde pode ocorrer uma infecção parasitária. Sobre sintomas das parasitoses, 100% (25/25) souberam responder algum dos sintomas de um indivíduo com suspeita de infecção parasitária. Com relação ao diagnóstico, 36% (9/25) afirmaram já terem feito o exame de fezes, apesar de não se lembrarem quando, seguido de 32% (8/25) que disseram fazer exame de fezes uma vez ao ano, 28% (7/25) de seis em seis meses e 4% (1/25) revelaram nunca terem feito. No que se refere a tratamento, 40% (10/25) afirmaram já terem tomado vermífugo, apesar de não se lembrarem quando, e outros 40% (10/25) disseram que nunca tomaram e  10% (5/25) que afirmaram tomar de seis em seis meses. Questionadas sobre prevenção das parasitoses, 100% (25/25) disseram ter o hábito de lavar as mãos antes de comer, ao chegar da rua e após ir ao banheiro, além de não consumirem carne mal passada. Diante do exposto, pode-se inferir que as gestantes avaliadas têm conhecimento sobre os conceitos básicos de parasitoses e sua prevenção, porém necessitam de orientação no tocante ao diagnóstico e tratamento. O presente estudo revelou a necessidade de uma atenção efetiva em educação sanitária para a conscientização das gestantes sobre a realização periódica do exame coproparasitológico, assim como a correta utilização do vermífugo, contribuindo para a prevenção de novas reinfecções desse grupo suscetível, melhorando sua qualidade de vida.



Palavras-chaves:  parasito, helminto, higiene, protozoário, zoonoses