OCORRÊNCIA DE ÁCAROS E FUNGOS EM CONDUTO AUDITIVO EXTERNO DE CÃES DOMICILIADOS EM SALINAS, MINAS GERAIS
ELLEM CRISTINA GOMES DAMASCENA 1, FERNANDO GOMES SILVA1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, VANESSA PAULINO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas, 2. IFNMG - Docente do Curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, campus Salinas
ellem.damascena@hotmail.com

Os ácaros do gênero Otodectes são parasitos encontrados frequentemente no ouvido de cães e gatos, sendo reconhecidos como os principais causadores de otite externa nesses animais. A Malassezia sp. é o fungo isolado em maior frequência nos ouvidos de cães, sendo também agente etiológico causador de infecções otológicas. Diante disso, objetivou-se avaliar a ocorrência de ácaros e fungos em conduto auditivo externo de cães domiciliados em Salinas, Minas Gerais. Para o experimento, foram coletadas 50 amostras de swab auricular de ambos condutos auditivos externos de 25 cães domiciliados em bairros aleatórios do município. Todos os proprietários preencheram um termo de autorização, estando cientes do objetivo e utilização do material coletado.  Para o exame direto, com auxilio de swab estéril, após a coleta do cerúmen foi feito o rolamento em três pontos na lâmina de microscopia, devidamente identificada. Para exames parasitológicos, utilizou-se tubos plásticos estéreis identificados, para armazenamento das amostras coletadas. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Parasitologia Veterinária (LPV) do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) – Campus Salinas. Para o exame parasitológico, adicionou-se 1 mL de hidróxido de potássio a 33% dentro dos tubos contendo as amostras, permanecendo por cinco minutos para clarificação do material. Após esse período, foi coletada 1 gota do sedimento, colocado entre lâmina e lamínula e observado em microscópio óptico nas objetivas de 10x e 40x. Para o exame direto, as lâminas foram coradas com Panótico Rápido® (Laborclin, Brasil) e visualizadas em microscopia óptica na objetiva de 100x em imersão. As análises parasitológicas identificaram um percentual de 8% (2/50) de amostras positivas para a presença de ácaros em ambos condutos auditivos externos. Já as análises citológicas identificaram um percentual de 40% (20/50) de amostras positivas para estruturas leveduriformes de Malassezia sp. do conduto auditivo direito e 36% (18/50) no conduto auditivo esquerdo. Conclui-se que há a ocorrência de ácaros e fungos em conduto auditivo externo de cães domiciliados em Salinas, Minas Gerais. É de extrema relevância o conhecimento dos agentes associados a otite externa em cães, estabelecendo-se métodos de prevenção eficientes, promovendo assim a saúde e bem-estar animal e consequentemente humana, uma vez que é crescente o número de casos de dermatozoonoses, principalmente em indivíduos imunocomprometidos.



Palavras-chaves:  fungos, malassezia, otite, otoacaríase, zoonoses