A EPIDEMIOLOGIA DOS CASOS DIAGNOSTICADOS DE AIDS NA POPULAÇÃO IDOSA NO BRASIL
KATARINE FLORÊNCIO DE MEDEIROS3, BÁRBARA EBILIZARDA COUTINHO BORGES 3, ISABELLE CAMPOS DE AZEVEDO 3, MARCOS ANTONIO FERREIRA JÚNIOR 3, RAFAELA CAROLINI DE OLIVEIRA TÁVORA3, VALÉRIA DANTAS DE AZEVEDO3
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2. UFMG - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, 3. FIP - Faculdades Integradas de Patos
barbara_ebilizarda@hotmail.com

Nos últimos 20 anos, a incidência da AIDS em idosos vem aumentando no país. Entre 1998 e 2010 houve um aumento de 7,5 em homens e 2,8 em mulheres em 1998, para uma incidência de 9,4 e 5,1 por 100.000 habitantes em 2010. Os fatores que podem contribuir para esse novo perfil da epidemia, são: envelhecimento da população; aumento da sobrevida dos indivíduos com a doença, acesso a tecnologias que melhoram e prolongam a performanc e sexual, e a resistência ao uso do preservativo. Objetiva – se identificar o panorama epidemiológico dos casos diagnosticados de AIDS em idosos no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico com abordagem quantitativa sobre os casos de AIDS em idosos no Brasil. Com coleta às bases de dados SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8 e Carga Viral) e SIM (Sistema de Informações de Mortalidade), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população constitui-se de todos os casos de AIDS em pessoas com idade igual ou maior de 60 anos, registrados no período de 1984  a 2014. A faixa etária entre 60-69 anos demonstrou-se vulnerável à doença, pois, os 23.271 casos, 18.854 (81,02%) ocorreram nessa classe, sendo, 11.839 (50,87%) do sexo masculino. Na categoria raça/cor, os mais atingidos foram brancos com 5.505 casos (47,94%). Em relação a escolaridade, 9.457 (76,18%) dos idosos em todas as faixas etárias possuem até o ensino fundamental completo, prevalecendo escolaridade de 1ª a 4ª série com 2.750 (22,15%) idosos. A via sexual foi a principal responsável pela transmissibilidade, sendo a relação sexual heterossexual mais prevalente com 8.962 casos (66,48%). Dentre as demais categorias, a via sanguínea por uso de drogas injetáveis foi a mais expressiva com 189 casos (1,4%), e a menos, acidente com material biológico que não apresentou dado.àà distribuição de casos por região, apresenta maior concentração o Sudeste (15.542), Sul (5.178) e Nordeste (3.116), respectivamente com 59,31%; 19,76% e 11,9%.  Com isso, distinguir a epidemiologia da doença nessa faixa etária é indispensável para o direcionamento das ações de promoção, prevenção e reabilitação para atender de forma efetiva às necessidades dos idosos diante à doença.



Palavras-chaves:  AIDS, Envelhecimento, Epidemiologia, Idoso, Saúde Pública