CONHECIMENTO E PROFILAXIA DE ZOONOSES ENTRE PAIS DE ALUNOS DO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE SALINAS, MINAS GERAIS
FERNANDO GOMES SILVA1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, ELLEN CRISTINA GOMES DAMASCENA1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, VANESSA PAULINHO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas , 2. IFNMG - Docente do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas
fernandoport50@gmail.com

O estreito convívio do homem com seus animais de estimação aumentam a exposição e a probabilidade de transmissão de agentes com caráter zoonótico. Objetivou-se avaliar o conhecimento e profilaxia de zoonoses entre pais de alunos do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública de Salinas, Minas Gerais. Em junho de 2018, foi realizado um inquérito através da aplicação de questionários sobre zoonoses, que foram levados pelos alunos para os pais, como tarefa de casa e trazidos no dia seguinte. Foram analisados questionários respondidos por 26 pais e os resultados foram calculados por meio de proporção simples. A maior parte dos entrevistados, representados por um percentual de 30,8% (8/26) informaram ter o ensino médio completo. Um percentual de  46,1% (12/26) alegaram ter renda de até um salário mínimo e nenhuma família tem renda superior a cinco salários mínimos. Com relação às zoonoses, 57,7% (15/26) já ouviu falar em zoonose, e destes, somente 6,66% (1/15) sabem o que significa. Um percentual de 23,1% (6/26) conhece alguma zoonose, sendo citadas raiva, toxoplasmose, leptospirose, leishmaniose e sarna. Sobre formas de transmissão, 34,6% (9/26) informaram conhecer, citando a participação de microrganismos como bactérias, vírus e protozoários, picada de mosquito, mordida de cachorro e água contaminada. Com relação aos sinais clínicos 23,1% (6/26) conhece algum, sendo citados dor de cabeça, febre, diarreia, raiva e salivação. Um percentual de 15,4% (4/26) compreendem fatores que contribuem para o aumento das zoonoses, citando crescimento populacional, falta de saneamento básico, água parada e lixo, além de ausência de vacinação dos cães. Dois pais (7,7%) citaram medidas para evitar a doença, como manter o ambiente limpo e vacinação dos animais de estimação. Dos entrevistados 76,9% (20/26) acreditam não ter um papel relacionado à zoonose. Os 23,1% (6/26) restantes, afirmam ter um papel, no entanto, somente 50% (3/6) consegue descrevê-la, citando orientação às pessoas quanto à prevenção e cuidados.  Um percentual de 80,7% (21/26) afirmaram faltar campanhas de conscientização sobre zoonoses e desses, 71,4% (15/21) citaram medidas como campanhas educativas, panfletos e palestras, e 19,1% indicaram educação para profissionais da saúde. A partir desses resultados, pode-se inferir que há carência entre pais de alunos do primeiro ano do ensino fundamental de uma escola pública de Salinas sobre zoonoses, sua transmissão, controle e profilaxia.



Palavras-chaves:  animais, educação, pais, profilaxia, zoonoses