ESTRUTURAS PARASITÁRIAS EM CHUPETAS DE CRIANÇAS EM CRECHES DO MUNICÍPIO DE SALINAS, MINAS GERAIS
JOÃO PAULO SOARES ALVES1, FERNANDO GOMES SILVA1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, ELLEN CRISTINA GOMES DAMASCENA1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, VANESSA PAULINHO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas , 2. IFNMG - Docente do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas
fernandoport50@gmail.com

As parasitoses são relevantes problemas de saúde pública, afetando principalmente as crianças. Com o objetivo de avaliar a presença de estruturas parasitárias em chupetas de crianças em creches do município de Salinas, Minas Gerais, foi aplicado um questionário aos responsáveis das crianças sobre hábitos de higiene, cuidados com objetos e conhecimento sobre parasitoses intestinais. Foram coletadas dez chupetas (repostas por novas unidades), acondicionadas em sacos plásticos individuais e identificados, encaminhados ao Laboratório de Parasitologia Veterinária (LPV) do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG)- Campus Salinas. Foram adicionados 50ml de água destilada nos sacos, agitados por 30 segundos, e o líquido transferido para tubos Falcon. Após 24 horas, coletou-se uma gota do sedimento e depositou-se sobre lâmina de microscopia com uma gota de lugol, cobrindo-se com lamínula. Realizou-se também a técnica de centrífugo-flutuação simples com solução saturada de Sheather, que possibilita a flutuação de estruturas menos densas. Após análise em microscopia óptica nas objetivas de 10x e 40x, observou-se na sedimentação, a presença de oocisto de protozoário em uma chupeta.  Na centrífugo-flutuação, constatou-se oocistos de protozoários em duas chupetas e ovo de ascarídeo em uma dessas, totalizando 3 chupetas positivas para estruturas parasitárias. Quinze responsáveis responderam o questionário e 20% (3/15) revelaram que não possuem o hábito de lavar as mãos antes das refeições, apesar de todos terem afirmado que lavam os alimentos antes de ingeri-los. Um percentual de 27% (4/15) disseram não saber o que são parasitoses intestinais e 13,3% (2/15) não se lembram ou nunca tomaram antiparasitários. Sobre transmissão, 60% (10/15) asseguraram não ser possível a transmissão de parasitos entre crianças. Sobre cuidados com os objetos como mamadeiras, copos e garrafinha de água, revelou que 66,6% (10/15) fazem a higienização diária, inclusive das chupetas. Diante desses resultados, pode-se inferir que falhas nos hábitos de higiene dos responsáveis, a carência de informações corretas sobre transmissão e utilização de antiparasitários, revelam a necessidade de campanhas de educação em saúde, englobando a higienização de objetos utilizados pelas crianças, pois podem servir como veículos de parasitos. Conclui-se que há a ocorrência de estruturas parasitárias em chupetas de crianças nas creches avaliadas do município de Salinas, Minas Gerais.



Palavras-chaves:  enteroparasitoses, helmintos, parasitos, protozoáros, verminoses