INQUÉRITO SOBRE O CONHECIMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE NO MERCADO MUNICIPAL DE SALINAS, MINAS GERAIS
FERNANDO GOMES SILVA1, ANTÔNIO VICTOR VELOSO RAMOS1, JOÃO PAULO SOARES ALVES1, JÉSSICA LEAL DA SILVA1, ELLEN CRISTINA GOMES DAMASCENA1, ÉLLEN ARAÚJO DE DEUS1, VANESSA PAULINHO DA CRUZ VIEIRA1
1. IFNMG - Discentes do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas , 2. IFNMG - Docente do curso de Medicina Veterinária do Instituto Federal Norte de Minas Gerais - Campus Salinas
fernandoport50@gmail.com

A esquistossomose mansônica, cujo agente etiológico é o trematódeo Schistosoma mansoni , é uma endemia parasitária na América.  A contaminação das coleções hídricas por fezes humanas contendo o parasito é um dos principais fatores relacionados à transmissão da doença. Objetivou-se realizar um inquérito sobre o conhecimento da esquistossomose no Mercado Municipal de Salinas, Minas Gerais. A presente pesquisa de caráter qualiquantitativo, foi realizada no mês de junho de 2018, a partir da aplicação de 50 questionários aos frequentadores do Mercado Municipal, respeitando o caráter sigiloso da pesquisa. O questionário continha perguntas relacionadas à doença, hospedeiro intermediário, formas de transmissão, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e medidas prevenção e controle.  Os resultados revelaram que 92% (46/50) não sabem o que é esquistossomose, porém 69,5% (32/50), já ouviram falar. Com relação à causa 94% (47/50) desconhecem;  quanto à forma de transmissão, 24% (12/50) possuem algum entendimento. Um percentual de 62% (31/50) declarou não saber a existência de um caramujo na transmissão. Os 38% (19/50) restantes, sabem da participação do caramujo, no entanto, 5,2% (1/19) conseguem reconhecê-lo. Quanto aos sinais clínicos, 50% (25/50) não sabem quais são e outros 50% (25/50) conhecem pelo menos um sinal clínico. Se tratando de  diagnóstico, 26% (13/50) tem conhecimento sobre exame de fezes e 74% (37/50) desconhecem. Um percentual de 68% (34/50) sabe que existe tratamento, no entanto somente 11,1% (4/34) destes, tem noção de qual é o tratamento adequado.  Questionados sobre medidas de prevenção e controle, 44% (22/50) afirmam compreender a profilaxia da doença, mas destes, 31% (7/22) alegam não saber como prevenir ou evitar. Diante dos resultados, pode-se inferir que há carência de conhecimento da população investigada sobre esquistossomose, podendo ser definido como um fator de risco da infecção no município. Percebe-se a necessidade de planejamento e aplicação de ações que promovam uma mobilização comunitária, educação em saúde para crianças e adultos, proporcionando conhecimento e estabelecimento de medidas profiláticas.



Palavras-chaves:  esquistossomose, , Shistosoma mansoni, profilaxia, transmissão , tratamento