PRINCIPAIS ANTIPARASITÁRIOS COMERCIALIZADOS EM DROGARIAS E DOADOS EM FARMÁCIA BÁSICA EM SALINAS, MINAS GERAIS |
As parasitoses intestinais são provocadas por helmintos e protozoários, representando um grande problema de saúde pública. Os antiparasitários são os fármacos de escolha no tratamento de helmintos, expelindo ou erradicando as formas em desenvolvimento ou os helmintos adultos que invadem órgãos e tecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar os principais antiparasitários comercializados em drogarias e doados em farmácia básica em Salinas, Minas Gerais. Com o auxílio de um questionário, também verificou-se a prática da automedicação com venda ou doação mediante apresentação ou não de receita médica e a variação dos preços praticados. Dezenove estabelecimentos participaram do estudo. Desses, 18 eram drogarias que comercializam antiparasitários e um era uma farmácia básica, onde os fármacos eram doados à população. O albendazol foi o antiparasitário mais comercializado, apontado por 78,9% (15/19) dos estabelecimentos participantes, seguido pelo secnidazol com 63,2% (12/19), mebendazol e nitazoxanida com 47,3% (9/19), metronidazol e pyr - pam com 15,7% (3/19) e fluconazol e ivermectina com 5,3% (1/19). Sobre a apresentação de receita médica, um percentual de 68,4% (13/19) dos estabelecimentos fornece antiparasitários sem prescrição médica e 31,6% (6/19) solicitam a prescrição médica para fornecimento. Com relação à variação de preços dos antiparasitários praticados nos estabelecimentos avaliados, verificou-se que o albendazol variou de R$2,11 a R$8,00; secnidazol de R$8,00 a R$12,00; mebendazol de R$3,80 a R$8,00; nitazoxanida de R$28,00 a R$78,00; metronidazol de R$7,50 a R$14,00) e pyr – pam de R$24,00 a R$25,23. O fluconazol e a ivermectina não apresentaram variações, e seus valores foram R$5,00 e R$15,00, respectivamente. Conclui-se que o albendazol é o antiparasitário mais utilizado no município de Salinas, o que pode ser justificado pelo seu baixo custo e amplo espectro de ação, sendo empregado em casos de mono e poliparasitoses. A venda de antiparasitários sem prescrição médica revela a prática da automedicação pela população, o que torna este cenário ainda mais preocupante, pela possibilidade de aparecimento de resistência parasitária, podendo levar a problemas de eficácia destes fármacos, além de reações adversas, devido ao uso indiscriminado sem prescrição médica. É indispensável promover a conscientização da população sobre o uso racional, consciente e monitorado não somente dos antiparasitários, mas de qualquer fármaco. |