AVALIAÇÃO DA RESPOSTA VIROLÓGICA SUSTENTADA EM PORTADORES DE HEPATITE C TRATADOS COM OS ANTIVIRAIS DE AÇÃO DIRETA DE SEGUNDA GERAÇÃO: EXPERIÊNCIA INICIAL EM CENTROS DE REFERÊNCIA, EM RECIFE, BRASIL
ISABELLA PATRÍCIA LIMA SILVA 1, CLARISSA RAMOS LACERDA DE MELO1, MARTHA SÁ DE LIMA 1, CLÁUDIO MOURA LACERDA 1, EDMUNDO PESSOA DE ALMEIDA LOPES1, HELOÌSA RAMOS LACERDA DE MELO 1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. FPS - FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE, 3. UNINASSAU - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU, 4. UTF/HUOC - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ, 5. HC-UFPE - HOSPITAL DAS CLINICAS
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Os antivirais de ação direta (DAAs) permitem o tratamento de pacientes com doença hepática avançada pela hepatite C (HCV) e foram introduzidos recentemente no Brasil em 2015. Objetivo: Avaliar a efetividade dos novos DAAs em dois centros de referência em tratamento da hepatite C. Desenho do estudo: Estudo longitudinal, do tipo coorte, com componente prospectivo e retrospectivo. Métodos :Foram incluídos 112 pacientes da Unidade de Transplante do Hospital Oswaldo Cruz (HUOC/UPE) e do Serviço de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da UFPE (HC), em Recife-PE, maiores de 18 anos. Os dados foram obtidos por entrevista e consulta a prontuários e avaliação laboratorial da carga viral para determinar resposta virológica sustentada (RVS) 12 semanas após o final do tratamento. As análises estatísticas foram realizadas com o programa SPSS Statistics, versão 25, p <0,05. Resultados: A taxa de RVS foi de 106 (94,6%) dos 112 pacientes em nosso estudo. Predominaram os genótipos 1b (57%) e 3 (26,7%), sem diferenças entre respondedores e não respondedores (p=0,0794). Igualmente, os estágios de fibrose F2 e F3 não se associaram a diferença na resposta à terapia. Os transplantados de fígado apresentaram resposta à terapia equivalente ao dos não transplantados (p=1). O tempo de tratamento escolhido também não demonstrou diferenças. Porém, a maioria dos respondedores utilizou o sofosbuvir associado ao daclatasvir + ribavirina (62,3%) enquanto o grupo não respondedor se tratou principalmente com sofosbuvir e simeprevir + ribavirina (83,3%) (p= 0,018). A maioria (67,9%) dos respondedores mostrou carga viral menor que 12 UI/m já na semana 4 de tratamento. Discussão: Os resultados corroboram pesquisas recentes que demonstram altas taxas de RVS com os novos DAAs,independente de genótipo e grau de fibrose. Conclusão: O estudo confirmou a elevada efetividade dos novos DAAs, sobretudo o esquema sofosbuvir com daclatasvir + .ribavirina no tratamento do HCV. Porém, demonstra que o grau de fibrose, transplante de fígado ou genótipo não se associam a diferença na resposta sustentada à terapêutica



Palavras-chaves:  Agentes Antivirais, Efetividade, Hepatite C