COMPARAÇÃO DA EFETIVIDADE DOS NOVOS ANTIVIRAIS DE AÇÃO DIRETA EM PACIENTES NAIVE VERSUS PREVIAMENTE TRATADOS EM PORTADORES DO VÍRUS DA HEPATITE C QUE FORAM SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE FÍGADO
MARTHA SÁ DE LIMA 2, ISABELLA PATRÍCIA LIMA SILVA2, CLARISSA RAMOS LACERDA DE MELO 2, CLÁUDIO MOURA LACERDA 2, HELOÌSA RAMOS LACERDA DE MELO2
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. UNINASSAU - FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU, 3. FPS - FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE, 4. UTF/HUOC - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OSWALDO CRUZ
isabella-patricia1@hotmail.com

Introdução: O vírus da hepatite C (VHC) possui 7 genótipos e 50 subtipos. E é o maior responsável pela evolução da doença hepática crônica para cirrose, e pelo aparecimento de carcinoma hepatocelular, sendo a indicação mais comum para o transplante de fígado. Atualmente há 170 milhões de pessoas infectadas. No Brasil, são 1,45 milhões de pessoas portadoras. Os mais prevalentes são: os genótipo 1, seguido pelo genótipo 3. A biópsia do fígado é o método padrão-ouro para estadiamento. Os pacientes que apresentam classificação histológica METAVIR F3-F4, ou F2 >de 03 anos e transplantados de fígado, têm indicação de tratamento com os novos antivirais de ação direta (DAA), que em 2015, foram adicionados ao arsenal terapêutico do SUS. Os estudos mostram que 90% dos pacientes infectados pelo VHC podem ser curados com o seu uso. Objetivo: Verificar a efetividade dos DAA no tratamento da infecção pelo VHC, c omparando sua efetividade em pacientes Naive versus Experimentados na 04ª semana de tratamento e 12 semanas após o fim do tratamento, em transplantados de fígado. Desenho do estudo: Estudo longitudinal e prospectivo do tipo coorte especial. Métodos: Foram inclusos transplantados de fígado, ambos os sexos, maiores de 18 anos. Os dados foram obtidos através de entrevista/prontuários médicos mediante assinatura do TCLE . Foram excluídos do estudo as Gestantes e HCV+ coinfecções A análise estatística-programa STATA 14,com p-valor <0,05. Resultados: Participaram da pesquisa 58 pacientes dos quais 50% eram Naive e 50% Experimentados. Nos pacientes Naive, 02 pacientes não obtiveram a resposta viral sustentada (RVS) com 4 semanas de tratamento e 01 não obteve após 12 semanas após o final do tratamento. Nos pacientes Experimentados, 03 pacientes não obtiveram a resposta viral sustentada (RVS) com 4 semanas de tratamento e todos obtiveram a RVS após 12 semanas do fim do tratamento. Discussão: A efetividade do tratamento com os DAAs encontrada foi em torno de 98%, sendo compatível com a literatura, cuja variação é de 90-97% de obtenção da RVS .  Conclusão: O presente estudo elucida um perfil de um grupo específico de pacientes, transplantados de fígado, submetidos a acompanhamento a partir de 4 semanas de tratamento e  após 12 semanas após o fim do tratamento.



Palavras-chaves:  Antivirais, Efetividade, Transplante de Fígado, Hepatite C, Estudos de Coorte