DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FEBRE AMARELA NO BRASIL NO PERÍODO DE 2001 A 2016
EMERSON JOSÉ DE SOUZA SILVA 1, ANDRÉIA BEZERRA CAVALCANTI LIMA1, DÁFINY DO NASCIMENTO COSTA1, NÍVEA ALANE DOS SANTOS MOURA1, RAFAELA LEMOS MAIA1, JULYANA VIEIGAS CAMPOS1
1. FAINTVISA - Faculdades Integradas da Vitória de Santo Antão , 2. CAV - UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - Centro Acadêmico de Vitória (CAV), 3. UPE - Universidade de Pernambuco - Campus Serra talhada
emersonsouzasilva@outlook.com.br

Introdução: A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, não contagiosa causada por um arbovírus, sendo o mosquito Aedes aegypti o principal vetor de transmissão. No Brasil, ainda persiste alta a taxa de doenças infecto-parasitárias, como a febre amarela. Nesse contexto, torna-se pertinente a análise de dados referentes aos casos de febre amarela no país. Objetivo: O resumo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico da febre amarela no Brasil entre os anos 2001 a 2016. Desenho do estudo: Estudo epidemiológico, descritivo observacional do tipo ecológico. Métodos: Foram utilizados dados secundários coletados do Banco de Dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) através das notificações de Febre Amarela, abrangendo o país pelo Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) e a utilização do programa TABNET como ferramenta de apoio para a visualização da informação, realização de tabulações e avaliação espacial. Resultados: Foram confirmados 278 casos no país durante o espaço de tempo estudado. Foi possível observar um maior índice de casos nos anos 2003 e 2016 quando comparado aos anos estudados, com 19.06% (n=53) e na Região Sudeste observou-se o maior índice de notificação entre todas as regiões, com 16.90%. Relativo aos gêneros, o sexo masculino obteve 84.2% dos casos, sendo maior que a registrada no sexo feminino com 15.8%. Observou-se ainda que do total geral de casos confirmados 141 evoluíram para óbito, possuindo assim uma taxa de letalidade de 50.7%. Discussões: De acordo com os resultados obtidos, é notória a expansão da área de transmissão silvestre da doença para regiões densamente povoadas, como Centro – Oeste, Sul e principalmente Sudeste, áreas onde o mosquito vetor do ciclo urbano é abundante. Nesse contexto, vale ressaltar que a baixa cobertura vacinal, a alta densidade de infestação pelo Aedes aegypti e pessoas provenientes de áreas endêmicas, na fase inicial da doença e durante o período de transmissibilidade, revela um perfil preocupante por indicar a possibilidade de aumento do risco de reurbanização da transmissão da doença. Conclusão: Portanto, conclui-se que existe a necessidade do combate ao vetor urbano, como também a ampliação da vacinação contra febre amarela, a fim de garantir proteção à população. Cabe destacar, ainda, que o monitoramento por meio da vigilância epidemiológica faz necessário a todo o momento, contribuindo com a prevenção e controle.

 



Palavras-chaves:  Epidemiologia Descritiva, Enfermagem, Febre Amarela, Monitoramento epidemiológico