A SAÚDE DOS MORADORES DE RUA: TORNAR VISÍVEL O INVISÍVEL |
Diversos olhares são encontrados sobre os moradores de rua, infelizmente rotulando o ser humano em situação de rua como “vagabundos, mas são indivíduos desprovidos de família, emprego, saúde e residência que passam a não serem vistos pela sociedade como cidadãos. A invisibilidade implementada ao morador em situação de rua conduz a necessidade de mobilizar os diversos segmentos da sociedade para tornar essas pessoas visíveis e nesta perspectiva fomentar mudanças gerais e na saúde. Identificar as publicações nacionais de artigos sobre moradores de rua e saúde Trata-se de revisão integrativa da literatura e foi elaborada através das seguintes etapas: seleção da questão temática; coleta de dados nas bases de dados eletrônicas (LILACS e SCIELO), entre os anos de 2005 a 2016 utilizando os descritores moradores de rua e saúde; análise crítica da amostra; interpretação dos dados e apresentação dos resultados evidenciados. Foram selecionados três artigos nas bases de dados consultadas que versavam sobre a temática. Apesar da Constituição Federal brasileira de 1988 e dos princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde, preverem a garantia do direito à saúde a todos os cidadãos, a população em situação de rua, ainda, não foi contemplada de forma integral. É necessário um preparo técnico dos profissionais de saúde para receber as pessoas em situação de rua, evitando erros desnecessários, em exigir do usuário, morador de rua documentação de identificação para usufruir dos serviços do SUS dificultando assim, o acesso ao serviço. A vida na rua expõe a pessoa a diversos riscos, exigindo dos profissionais de saúde uma abordagem especifica, já que os mesmos estão sujeitos às violências, tendo alimentações incertas e em baixas condições de higiene, além de sofrer drasticamente às variações climáticas. A situação de vulnerabilidade dos moradores de rua conduz a essa população a doenças infectocontagiosas tais como; HIV/AIDS, sífilis, e tuberculose, dermatoses e outras. A prevalência de tuberculose é 67 vezes maior na população em situação de rua, quando comparada a população geral.Conclui-se assim que a população em situação de rua, ainda, é vista de maneira marginalizada por conta de uma construção histórica, e que por esse motivo enfrenta dificuldades de acesso aos serviços de saúde, e mesmo com a criação da Política Nacional para População de rua, Consultório na Rua, falta análise do perfil do profissional para atender essa população. |