MALÁRIA: NOTIFICAÇÃO NA EXTRA-AMAZÔNICA – PERNAMBUCO
GÊNOVA MARIA DE AZEVEDO OLIVEIRA 1, JANAÍNA PACHECO DE LIMA1, VÂNIA BENIGNO DA S. GLAUCINELE1, VIVIANE Mª RIBEIRO PINA1, REGINALDO NUNES DOS SANTOS1, GEANE MARIA OLIVEIRA GONÇALVES FERREIRA1, GEORGE SANTIAGO DIMECH1, CRISPIM CARVALHO SILVA1, FERNANDA GARNIER1
1. SMS - Secretaria Municipal de Saúde de Recife, 2. SES-PE - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, 3. HUOC - Hospital Universitário Oswaldo Cruz
GENOVAOLIV@GMAIL.COM

No mundo a malária é reconhecida como grave problema de saúde pública, ocorrendo em mais de 109 países e somando mais de 300 milhões de casos novos estimados e um milhão de mortes por ano. No Brasil reveste-se de importância epidemiológica, pela sua elevada incidência na Região Amazônica e por apresentar, maior risco de internação e letalidade na extra-amazônia, principalmente, nesse último cenário pelas dificuldades relacionadas ao diagnóstico oportuno e tratamento específico tardio. Este estudo teve o objetivo apresentar o perfil epidemiológico dos casos de malária notificados em Pernambuco, nos anos de 2016 a 2018 (até SE22) e suas diretrizes de vigilância. Em Pernambuco, t odo caso suspeito de malária deve ser comunicado aos serviços de saúde, por meio da estratégia de notificação imediata e, em até sete dias, registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Apesar de não está descartada a possibilidade de ocorrência inusitada de surtos, não existe, atualmente, a detecção do vetor ( Anopheles darlingi ) em condições de transmissão para a doença. No período sob estudo, notificou-se, 107 casos suspeitos, desses 34 positivos (31,7%), sendo 14 (41,2%) para Plasmodium falcifarum e 20 (58,8%) para Plasmodium vivax . Dos notificados, 10 eram menores de 12 anos. Considerando a variável sexo, dentre os notifiados, 71 foi do sexo masculino e 36 feminino. Dentre os suspeitos, o local provável de infecção predominantemente foi a Região Norte 24 (70,6) e 10 (29,4%) dos casos foram importados de paises africanos. A oportunidade de detecção dos casos teve varia de 1 à 7 dias. Foi observado o óbito em 1(2,9%) dos caso. Um dos quais se destaca a possível co-infecão por arvovirus. Nesse sentido, trabalhou-se a importância do preenchimento da ficha de notificação (Nota Técnica nº 04/18, abril de 2018, orientações sobre o preenchimento de todos os campos da ficha de notificação de malária), através de reuniões e disponibilização de materiais explicativos específicos para os núcleos de epidemiologia (NEPI) dos hospitais públicos e privados. Dessa forma, as atividades de notificação do agravo e completude do banco foram intensificadas para fortalecer a vigilância da doença em área não endêmica, como é o caso de Pernambuco.



Palavras-chaves:  NOTIFICAÇÃO, NUÚCLEO, EXTRA-AMAZÔNICA