DESCENTRALIZAÇÃO: TESTE IMUCROMATOGRÁFICO E GOTA ESPESSA. PERNAMBUCO, 2014-2017 |
A malária é uma doença infecciosa febril aguda cuja maioria dos casos, no Brasil, concentra-se na região da Amazônia Legal. Na região extra-amazônica, apesar da baixa incidência, torna-se um problema de saúde de maior relevância pela gravidade e letalidade mais elevada. Isto ocorre principalmente por uma maior demora na suspeita, investigação e no tratamento oportuno dessa enfermidade. Este estudo teve como objetivo, descrever o processo de descentralização do diagnóstico laboratorial da malária, no período abaixo referido, em Pernambuco, com base na apresentação das diferenças observadas entre o contexto inicial de execução dessa rotina (2014) e o momento recente (2017), apresentando também as ações que subsidiaram a manutenção e fortalecimento desta rede e o contexto atual de funcionamento dessa ação. Em 2014 o diagnóstico laboratorial da malária, seja por gota espessa (GE), seja pelo teste rápido (TDR – teste de rápido, por método imunocromatográfico) era executado apenas em duas unidades laboratoriais de referência regional (IV e VII Geres) e no LABEND/LACEN, que respondia pela demanda restante de todo o estado. Até o fim do ano de 2017, a GE ocorria na IV, VII, IX GERES, além do LABEND/LACEN e o TDR passou a ser executado em sete laboratórios de referência regional (IV, V, VI, VII, VIII, IX, XI), além do distrito de Fernando de Noronha (DEFN), HUOC/PE (Portaria Conjunta SES/SECTI/PE Nº 001/2016) e do próprio LABEND/LACEN. Essa ampliação se deu devido a execução de três capacitações para diagnóstico pelo TDR e GE, aos técnicos das referidas Regiões de Saúde, nas quais formaram-se 20 técnicos aptos para a realização do TDR e 10 técnicos para diagnóstico pela GE. Entre 2016 a 2017, foram realizados 103 testes imunocromatográficos. Em complemento, a rotina do controle de qualidade das laminas de GE, passou a ser, também executado, de duas unidade laboratoriais em 2014 (LABEND e VII Geres) para uma abrangência de todas regiões do estado. Diante do exposto, consideramos efetivos os resultados da descentralização do diagnóstico da malária no Estado, observando que, a ampliação e descentralização dessa rede impactarão na redução do tempo ao acesso a esse teste, favorecendo a antecipação da detecção e do tratamento dos casos positivos, reduzindo assim sua gravidade, contribuindo assim, para a diminuição da morbi- letalidade da malária em Pernambuco. |