VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DA DOENÇA DE CHAGAS PERNAMBUCO, DE 2011 À 2017.
GÊNOVA MARIA DE AZEVEDO OLIVEIRA 1, EDNALDO CARVALHO SILVA1, ALESSANDRA SANDES NOÉ1, LUCIANO LINDOLFO1, JAILSON LUIZ DE ARAÚJO1, JOSELITO LUIZ PESSOA1, FRANCISCO JOSIMAR L. HORAS1, EVANEIDE BARROS DE M. ARAÚJO1, JOAB DE MELO LIMA1, MARCELA DE BRITO ABATH1
1. SES-PE - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
GENOVAOLIV@GMAIL.COM

Primitivamente, a infecção estava restrita ao ambiente silvestre, acometendo mamíferos de pequeno porte, transmitida por triatomíneos, configurando assim o caráter epidemiológico de uma enzootia silvestre, tornando-se posteriormente uma antropozoonose. Em 2015, o Brasil, em conjunto com o Chile e o Uruguai, receberam a certificação de controle da transmissão vetorial pelo Triatoma infestans. Pernambuco, recebeu o Certificado da Interrupção da Doença de Chagas pelo Triatoma infestans da Comissão de Avaliação Internacional das Atividades da “Iniciativa do Cone Sul/Chagas”, porém outras espécies de triatomíneos tem ocupado este nicho ecológico e seguem como potenciais vetores para a transmissão da doença. A Secretaria Estadual de Saúde, através das equipes das Regionais de Saúde, vem apoiando e fortalecendo as ações de vigilância da doença, com objetivo de reduzir o índice de infestação vetorial. Objetivando, d escrever o índice de infestação vetorial e o número de triatomíneos capturados no ambiente domiciliar positivos para Trypanosoma cruzi entre 2011 à 2017, em Pernambuco. No período, 880 municípios realizaram atividades de vigilância entomológica, 527.073 unidades domiciliares (UD) pesquisadas, 34.402 UD positivas para triatomíneos, correspondendo a 6,5% o índice de infestação vetorial. Dos 54.599 triatomíneos examinados, 2.723 estavam positivos para T. Cruzi, sendo estes retirados do ambiente domiciliar . Os dados demostram que do total de triatomíneos retirados dos domicílios 5,0% estavam positivos para T. cruzi, oferecendo risco de transmissão da doença para os moradores desses domicílios . Este cenário epidemiológico mostra o desafio do Estado, para apoiar as ações de controle e vigilância da doença, uma vez, que à presença dessas espécies vetoras de importância na transmissão ainda estão evidentes nos domicílios de Pernambuco.



Palavras-chaves:  Triatomíneo, domicilio, infestação