VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA DA DOENÇA DE CHAGAS PERNAMBUCO, DE 2011 À 2017. |
Primitivamente, a infecção estava restrita ao ambiente silvestre, acometendo mamíferos de pequeno porte, transmitida por triatomíneos, configurando assim o caráter epidemiológico de uma enzootia silvestre, tornando-se posteriormente uma antropozoonose. Em 2015, o Brasil, em conjunto com o Chile e o Uruguai, receberam a certificação de controle da transmissão vetorial pelo Triatoma infestans. Pernambuco, recebeu o Certificado da Interrupção da Doença de Chagas pelo Triatoma infestans da Comissão de Avaliação Internacional das Atividades da “Iniciativa do Cone Sul/Chagas”, porém outras espécies de triatomíneos tem ocupado este nicho ecológico e seguem como potenciais vetores para a transmissão da doença. A Secretaria Estadual de Saúde, através das equipes das Regionais de Saúde, vem apoiando e fortalecendo as ações de vigilância da doença, com objetivo de reduzir o índice de infestação vetorial. Objetivando, d escrever o índice de infestação vetorial e o número de triatomíneos capturados no ambiente domiciliar positivos para Trypanosoma cruzi entre 2011 à 2017, em Pernambuco. No período, 880 municípios realizaram atividades de vigilância entomológica, 527.073 unidades domiciliares (UD) pesquisadas, 34.402 UD positivas para triatomíneos, correspondendo a 6,5% o índice de infestação vetorial. Dos 54.599 triatomíneos examinados, 2.723 estavam positivos para T. Cruzi, sendo estes retirados do ambiente domiciliar . Os dados demostram que do total de triatomíneos retirados dos domicílios 5,0% estavam positivos para T. cruzi, oferecendo risco de transmissão da doença para os moradores desses domicílios . Este cenário epidemiológico mostra o desafio do Estado, para apoiar as ações de controle e vigilância da doença, uma vez, que à presença dessas espécies vetoras de importância na transmissão ainda estão evidentes nos domicílios de Pernambuco. |