Avaliação dos Programas de Hanseníase e Tuberculose em Unidades de Saúde no Estado de Pernambuco
MICHELLY EVANGELISTA DE ANDRADE FAGUNDES 1, FRANCINETE CARLA NUNES CAVALCANTI-VIANA1, ANABELLE BEZERRA FERREIRA1, MARÍLIA BARROS GOMES1, MICHELLE CAROLINE DA SILVA SANTOS1, ANA CARINA SOTERO1, DENISE DE BARROS BEZERRA1, KARLA MICHELE DE LIMA ALVES1, ELINE FERREIRA MENDONÇA1, MORGANA DE FREITAS CARACIOLO1, ROSIMEIRY SANTOS DE MELO1, MARCELLA DE BRITO ABATH1, LUCIANA CAROLINE ALBUQUERQUE BEZERRA1
1. SES PE - Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, 2. ASCES UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida, 3. OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde
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A avaliação, como componente da gestão em saúde, tem como propósito fundamental dar suporte aos processos decisórios no âmbito do sistema de saúde. Deve subsidiar a identificação de problemas e reorientar ações e serviços desenvolvidos. Este estudo teve como objetivo avaliar as ações dos Programas de Controle da Hanseníase e Tuberculose em Unidades de Saúde da Família (USF) em Pernambuco no período de 2015 a 2017. Trata-se de um estudo de avaliação realizado pelo Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas – SANAR, da Secretaria de Saúde de Pernambuco em 15 municípios, considerados prioritários por apresentarem indicadores críticos para Hanseníase e Tuberculose. A partir de um modelo lógico e matrizes de análise e julgamento foram elencados indicadores de estrutura e de processo. Para cada indicador foi definido um “ padrão ” e atribuído uma “ pontuação”. A soma da pontuação de cada indicador significa o resultado do desempenho da USF e gestão, podendo apresentar classificação final, mediante os seguintes escores: Bom (80 a 100%), Regular (60 a 79,9%), Ruim (40 a 59,9%) e Crítico (<40%). Para a estrutura contemplou-se recursos humanos e materiais e o processo envolve ações como: diagnóstico, acompanhamento dos casos, exame de contatos e atividades educativas.  No período de 2015 a 2017, foram preenchidos os questionários durante a realização do assessoramento de 373 equipes de saúde, abrangendo 3.166 profissionais. No s 15 municípios avaliados percebeu-se que a dimensão processo apresentou piores resultados comparando-se à estrutura. Tal fato se justifica pois o processo de trabalho envolve além da atuação profissional, integração intersetorial e estruturação da rede de atenção à saúde. Com relação ao resultado final dos municípios: nove apresentaram escore ruim, três regular, um crítico, um não foi analisado quanto à gestão e um encontra-se em fase de conclusão. Os principais problemas encontrados foram: carência de insumos e recursos materiais; deficiência na integração entre programas, como exemplo: assistência farmacêutica, laboratório, vigilância e atenção básica para a garantia da integralidade da assistência à saúde. A estratégia possibilita a reorientação da prática em serviço pelos profissionais da USF e o fortalecimento da integração entre Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica. Percebe-se ainda a necessidade de priorização e continuidade das ações pelos gestores municipais.



Palavras-chaves:  Avaliação em Saúde, Hanseníase, Tuberculose