Estratégia de Assessoramento Técnico dos Programas de Hanseníase e Tuberculose em Unidades de Saúde da Família no Estado de Pernambuco
ANA CARINA SOTERO1, MICHELLY EVANGELISTA DE ANDRADE FAGUNDES 1, FRANCINETE CARLA NUNES CAVALCANTI-VIANA1, MARÍLIA BARROS GOMES1, MICHELLE CAROLINE DA SILVA SANTOS1, ANABELLE BEZERRA FERREIRA1, KARLA MICHELE DE LIMA ALVES1, DENISE DE BARROS BEZERRA1, ELINE FERREIRA MENDONÇA1, MORGANA DE FREITAS CARACIOLO1, ROSIMEIRY SANTOS DE MELO1, MARCELLA DE BRITO ABATH1, LUCIANA CAROLINE ALBUQUERQUE BEZERRA1
1. SES PE - Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, 2. ASCES UNITA - Centro Universitário Tabosa de Almeida, 3. OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde
anasotero22@gmail.com

A operacionalização das ações de vigilância em saúde no espaço de atuação da Estratégia Saúde da Família requer  um esforço coletivo que engloba, além da articulação intersetorial, decisão política, associada a um trabalho persistente de organização das práticas de saúde. Nesse sentido, o Programa de Enfrentamento às doenças Negligenciadas - Sanar, da Secretaria Estadual de Saúde, desenvolveu uma estratégia para qualificação das ações dos Programas de Controle da Hanseníase (PCH) e Tuberculose (PCT), no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um relato de experiência que tem como objetivo descrever a estratégia de  assessoramento técnico para o PCH e PCT. Antecedendo a estratégia houve a construção de um modelo lógico e matriz de indicadores; validação consensual; definição dos municípios; unidades de saúde a serem visitadas e reunião de pactuação. Em seguida, foi realizado o assessoramento técnico e, posteriormente, realizada a consolidação dos dados; reunião de pactuação e monitoramento.  A construção do modelo lógico e matrizes de julgamento ocorreu por meio da análise documental de elementos que orientam as ações do PCH e PCT; a validação envolveu a avaliação dos instrumentos por expertises na temática; os municípios visitados foram 15 prioritários com indicadores operacionais considerados inaceitáveis para ambas as doenças e as unidades assessoradas apresentavam casos com registro ativo no SINAN no ano vigente; na reunião de entrada havia a discussão com os gestores sobre a estratégia, situação dos indicadores e processo de trabalho; no assessoramento técnico todos os profissionais atuantes na ESF eram instrumentalizados acerca das ações de vigilância dos dois agravos; na consolidação dos dados as matrizes eram preenchidas com as informações coletadas por meio de um questionário estruturado aplicado com os profissionais das USF e  elaborados relatórios sobre a situação do município; a reunião de pactuação com a gestão do município visava a resolução dos entraves identificados e, por fim, o monitoramento para acompanhar as Unidades de Saúde quanto aos indicadores operacionais e de processo de trabalho pactuados. Essa estratégia fortalece o processo de trabalho para a integralidade da atenção à saúde dos pacientes acometidos por estas doenças. Constitui-se um instrumento inovador e avaliativo que pode ser replicado em outros Estados, como orientador das ações dos Programas nos municípios.



Palavras-chaves:  Hanseníase, Tuberculose, Vigilância em Saúde Pública