PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE ESQUISTOSSOMOSE NO CEARÁ NOS ANOS DE 2014 A 2017
MARCELO ARAÚJO GUANABARA 1, MARIA EDUARDA CAVALCANTE PIRES DE CASTRO STUDART1, RENAN LOPES VASCONCELOS1, ANDREZA BRANDÃO THEOPHILO LIMA1, LUANA CARLOS DE FREITAS1, JORGE LUIS PIRES DE MORAES1, MARCOS VINÍCIUS BEZERRA LOIOLA1, FELIPE PINHEIRO MENDES1, JOSÉ FRANCISCO IGOR SIQUEIRA FERREIRA1, LETÍCIA BENEVIDES CAVALCANTE SOARES1, NATANAEL PONTE DE OLIVEIRA1, RAFAEL LUCAS SIMÕES DOS SANTOS1
1. UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA
marceloguanabara67@gmail.com

A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo contato com o Schistosoma mansoni, principalmente em açudes de água doce. Entre os principais sintomas estão dor abdominal, diarreia com sangue e hematúria. Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para hemoptise, hepatomegalia, esplenomegalia e ascite. O objetivo desse estudo é analisar os casos de esquistossomose no estado do Ceará durante os anos de 2014 a 2017, avaliando variáveis como sexo, escolaridade, faixa etária e zona de residência da população acometida. Esse estudo é ecológico, baseado em dados fornecidos pelo Sistema de Informação em Agravos de Notificação (SINAN), do Ministério da Saúde. No período de 2014 a 2017, foram notificados 110 casos de esquistossomose na população cearense. 69% dos casos ocorreu no sexo masculino, contra 31% no sexo feminino. Nos casos onde a escolaridade foi investigada, 6,9% ocorreram em analfabetos. 51,4% dos casos afetaram pacientes com ensino fundamental incompleto, 9,7% ensino fundamental completo, 4,2% ensino médio incompleto, 16,7% em pacientes com ensino médio completo e 11,1% em pessoas que frequentaram o ensino superior. No que se refere à faixa etária, 2,8% dos casos afetaram a faixa entre 0 e 9 anos. A população de 10 a 19 anos constituiu 9,1% dos casos, e a faixa de 20 a 59 anos apresentou 70,9% dos registros no período. Entre maiores de 60 anos, foram registrados 17,1% dos casos. Quanto ao local de moradia, 70% dos episódios afetaram moradores da zona urbana, contra 27,2% em habitantes da zona rural ou periurbana e 2,8% não informados quanto à habitação. Diante desses dados, observa-se a maior frequência de esquistossomose em pessoas do sexo masculino, com menor nível de instrução (ensino fundamental incompleto) e com idade entre 20 e 59 anos. Observa-se que a maior parte dos casos afeta moradores da zona urbana, o que sugere uma expansão do processo de urbanização para as áreas periféricas dos municípios. Assim, é importante conscientizar a população quanto às formas de prevenção, como cuidados com higiene corporal e saneamento básico.



Palavras-chaves:  ESQUISTOSSOMOSE, CEARA, INCIDENCIA