CHIKUNGUNYA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E LABORATORIAIS. |
O primeiro caso autóctone de infecção pelo vírus Chikungunya (CHIKV) no Brasil foi em setembro de 2014, no estado do Amapá, logo após o vírus se espalhou rapidamente por todo o país. O presente estudo tem como objetivo relatar os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da Febre Chikungunya (FC) no estado do Rio Grande do Norte (RN), Brasil, no período de janeiro a dezembro de 2016. Foram estudados sangue total, soro, plasma, urina e/ou líquido de bolha obtidos de 284 casos suspeitos de Dengue, Zika ou Chikungunya em 2016. O CHIKV foi detectado em 44,4% (126/284) do total de casos estudados através da técnica de qRT-PCR. Os vírus Dengue e Zika não foram identificados neste estudo. O maior número de casos de Chikungunya ocorreu no mês de Janeiro. A frequência foi maior no sexo feminino (49,2%), seguida pelo sexo masculino (36,51%) e recém-nascidos (14,29%). O número de casos de Chikungunya em recém-nascidos, adultos entre 41 e 50 anos e idosos foi maior em comparação com as demais faixas etárias. Os sintomas mais frequentes foram febre, artralgia e mialgia. Esses dados permitiram uma melhor compreensão da epidemia de Chikungunya no estado do Rio Grande do Norte e nortearam o desenvolvimento de estratégias para o tratamento e controle. |