CHIKUNGUNYA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS, CLÍNICOS E LABORATORIAIS.
MARÍLIA FARIAS DE MELO1, YASMIN MESQUITA NASCIMENTO1, JOÃO CIRO FAGUNDES NETO1, INGRYD CAMARA MORAIS1, BRENDA ELEN BIZERRA ALVES1, LEANDRO GURGEL DE MEDEIROS1, HANNALY W. BEZERRA PEREIRA1, ANNE ALINE PEREIRA DE PAIVA1, JOELMA DANTAS MONTEIRO1, MÁRCIA CRISTINA BERNARDO DE MELO MOURA1, ALESSANDRE DE MEDEIROS TAVARES1, JOSÉ VERISSIMO FERNANDES1, JOANNA GARDEL VALVERDE1, SELMA M. B. JERONIMO1, JOSÉLIO MARIA GALVÃO DE ARAÚJO 1
1. UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2. CCZ-NATAL - Secretaria Municipal de Saúde, Centro de Controle de Zoonoses
joseliogalvao@gmail.com

O primeiro caso autóctone de infecção pelo vírus Chikungunya (CHIKV) no Brasil foi em setembro de 2014, no estado do Amapá, logo após o vírus se espalhou rapidamente por todo o país. O presente estudo tem como objetivo relatar os aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da Febre Chikungunya (FC) no estado do Rio Grande do Norte (RN), Brasil, no período de janeiro a dezembro de 2016. Foram estudados sangue total, soro, plasma, urina e/ou líquido de bolha obtidos de 284 casos suspeitos de Dengue, Zika ou Chikungunya em 2016. O CHIKV foi detectado em 44,4% (126/284) do total de casos estudados através da técnica de qRT-PCR. Os vírus Dengue e Zika não foram identificados neste estudo. O maior número de casos de Chikungunya ocorreu no mês de Janeiro. A frequência foi maior no sexo feminino (49,2%), seguida pelo sexo masculino (36,51%) e recém-nascidos (14,29%). O número de casos de Chikungunya em recém-nascidos, adultos entre 41 e 50 anos e idosos foi maior em comparação com as demais faixas etárias. Os sintomas mais frequentes foram febre, artralgia e mialgia. Esses dados permitiram uma melhor compreensão da epidemia de Chikungunya no estado do Rio Grande do Norte e nortearam o desenvolvimento de estratégias para o tratamento e controle.



Palavras-chaves:  Chikungunya, Rio Grande do Norte, Epidemiologia