EFEITO BIOLÓGICO DO SOM NO DESENVOLVIMENTO LARVAL DE Aedes aegypti
CÍCERO VINÍCIUS DA SILVA SIQUEIRA 1, PLINIO PEREIRA GOMES JUNIOR1, ISADORA MILLE FERREIRA CUNHA1
1. UFRPE - UAST - Universidade Federal Rural de Pernambuco- Unidade Academica de Serra Talhada
cicero.viniciuscb@hotmail.com

Introdução: Frequências sonoras são ondas mecânicas longitudinais geradas a partir de um distúrbio em um meio. Suas características são descritas pela parte da física referente a movimentos ondulatórios e acústica. A percepção, ou sensação, de som é gerada a partir de vibrações das partículas do ar no órgão responsável por detectar essas variações, o tímpano nos humanos e os órgãos sensoriais, no caso dos insetos, podendo ser as antenas, pernas, abdome dentre outros, dependendo da espécie do inseto. O mosquito Aedes aegypti é o vetor que transmite as arboviroses responsáveis pela dengue, chikungunya, zika e febre amarela. Esse vetor apresenta duas fases distintas no seu ciclo de vida: uma aquática (ovo, larva e pupa) e outra terrestre (adulta). Objetivo: identificar e compreender o efeito biológico do som no desenvolvimento larval de Aedes aegypti . Desenho do estudo: Foi analisado o desenvolvimento larval desse vetor submetidas a frequências sonoras de 40 MHz e 14 MHz, desde seu estágio inicial até se tornarem pupa. Metodologia: Foram selecionadas aleatoriamente 90 larvas em estágio L1 onde foram acomodadas em duas bandejas, sendo 45 larvas na bandeja de controle com temperatura ambiente, água declorada e ração de gato CEDAN ® sabor misto, triturada e as outras 45 nas mesmas condições, exceto pelo fato de que nessa segunda se tinha um aparelho emitindo ondas sonoras a uma frequência de 40 MHz. Todos os dias as bandejas eram monitoradas até que as larvas se tornaram pupa, a fim de se constatar o desenvolvimento larval em cada condição. Num segundo momento foram realizados os mesmos procedimentos com mais 90 larvas inicialmente em L1 e acomodadas em duas bandejas, sendo 45 em uma bandeja de controle e as outras 45 submetidas a uma frequência de 14 MHz, onde foram monitoradas diariamente com o mesmo objetivo. Resultados: Observou-se que nas bandejas onde se tinha o aparelho emitido ondas sonoras o desenvolvimento se deu de forma mais rápida que nas bandejas do controle. Discussão: Em outros trabalhos observou-se a perda amostral por morte após exposição a determinadas intensidades de ondas sonoras. Conclusão: Evidencia-se que as ondas sonoras aceleraram o desenvolvimento larval do A. aegypti , o que não se confirmou em outros estudos para outros tipos de insetos.

Palavras-chave: Aedes aegypti ;Desenvolvimento larval; Frequência sonora.



Palavras-chaves:  Aedes aegypti, Desenvolvimento larval, Frequência sonora