ADESÃO AO USO DO PRESERVATIVO EM PESSOAS VIVENDO COM HIV
ALINE FERREIRA TARGINO SOARES 1, CAROLINE ELOÍSA DA SILVA SOUSA1, CLARISSA MOURÃO PINHO1, CÉSAR DE ANDRADE DE LIMA1, CYNTHIA ANGÉLICA RAMOS DE OLIVEIRA DOURADO1, EVELYN MARIA BRAGA QUIRINO1, EMILY KELLY ARRUDA DO NASCIMENTO1, ISYS NASCIMENTO SOUZA RAMOS1, JÉSSICA TAINÃ CARVALHO DOS SANTOS1, LAÍS BARBOSA PIMENTEL1, LARISSA RAYANE DOS SANTOS SILVA 1, RAYANE ALVES DA SILVA 1, MARIA SANDRA ANDRADE1, MÔNICA ALICE SANTOS DA SILVA 1, ROBERTA LARISSA FARIAS DE AQUINO1
1. FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - Universidade de Pernambuco, 2. FACIPE - Centro Universitário Tiradentes de Pernambuco
targino.aline.soares@gmail.com

O cenário da infecção do HIV vem se modificando, principalmente com o desenvolvimento da indústria farmacêutica, novos esquemas antirretrovirais (ARV) foram desenvolvidos, cada vez mais potentes e eficazes, o que acarretou um aumento à adesão a terapia antirretroviral (TARV), proporcionando uma melhor qualidade de vida, uma menor probabilidade de adoecimento, mortalidade e transmissibilidade da doença. Avaliou-se o uso de preservativo em pacientes vivendo com HIV (PVHIV). Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa A coleta de dados foi realizada nos Serviços de Assistência Especializada (SAE) de dois hospitais de referência estadual no tratamento de doenças infecciosas e parasitárias (DIP), especificamente no tratamento de HIV/aids na cidade de Recife-PE, no período de junho a novembro de 2016. A amostra foi composta por 356 PVHA, sendo 178 em cada SAE estudado, a maioria dos entrevistados era do sexo masculino (200; 56,2%), provenientes da Região Metropolitana do Recife (RMR) (197; 55,3%), com faixa etária entre 40 a 49 anos (138;38,8%), solteiro ou sem companheiro (209;58,7%). Aproximadamente 30% da amostra possui ensino médio completo, seguida por ensino fundamental II (5ᵃ a 8ᵃ série) (83;23,3%). Quanto ao uso do preservativo, o estudo apresentou resultados positivos, visto que 199 (55,9%) dos entrevistados relataram fazer o uso em todas as relações sexuais, entretanto, 89 (25%) afirmaram não manter relações sexuais após o diagnóstico do HIV, por motivos de não ter mais interesse em se relacionar com outras pessoas após o diagnóstico do HIV, não ter parceria fixa, o medo de contaminar outrem ou de se contaminar por outras doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, a literatura evidencia que os PVHIV tendem a evitar relacionamentos afetivo-sexuais, pois, temem a transmissão para o parceiro, o adoecimento, a revelação do status sorológico e medo do preconceito ou abandono, o que os leva a optar por não estabelecer relacionamentos após o diagnóstico do HIV. É imprescindível o apoio psicológico, a construção de uma boa relação profissional-paciente, além de ações voltadas a conscientização sobre a doença e a importância da adesão aos antirretroviral com o propósito de manter a carga viral indetectável, bem como a conscientização a respeito do uso consciente do preservativo para não aquisição de novas infecções sexualmente transmissíveis e cepas virais resistentes.
HIV, Preservativo, Promoção da Saúde.



Palavras-chaves:  HIV, Preservativo, Promoção da Saúde