Descoberta de novos compostos Híbridos de Artesunato e Artemisinina como Candidatos para o Desenvolvimento de Antimaláricos |
A malária é uma doença parasitária responsável por altas taxas de mortalidade e morbidade. O tratamento sugerido pela Organização Mundial de saúde para a malária falciparum é a combinação de derivados de Artemisinina com alguma outra classe de antimalárico, como exemplo a mefloquina ou a lumefantrina (ACT). Porém, registros de resistência aos antimaláricos, incluindo os derivados da Artemisinina, já foram relatados ao redor do mundo, sendo necessário o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento da doença. Visando o desenvolvimento de um novo candidato pré-clínico para o tratamento da malária humana, uma nova série de compostos, denominados de Marinoquinolinas, com atividade bastante promissora (Aguiar et al.2018) foi desenvolvida. Sendo assim, alguns compostos desta classe foram hibridizados com os antimaláricos artemisinina e artesunato, originando os híbridos HB002 , HB003 , HB004 e HB005 , avaliados no presente estudo. Os 4 híbridos foram avaliados in vitro contra a cepa 3d7, sensível, de Plasmodium falciparum , apresentando um aumento na potência de até 6 vezes quando comparado aos antimaláricos sozinhos. Além disso, os híbridos foram altamente tolerados pelas células de hepatoma humano (HepG2) e em testes de hemólise in vitro . Por fim, avaliou-se a capacidade dos híbridos em eliminar os estágios dormentes de formas assexuadas de P. falciparum , a partir do ensaio de ring survival assay (RSA). Os híbridos HB002 e HB004 foram mais ativos do que o antimalárico artemisinina, eliminando as formas dormentes de P. falciparum . Sendo assim, a partir dos estudos realizados, foi possível identificar novos compostos híbridos mais ativos do que os antimaláricos artemisinina e artesunato, mais seletivos e com capacidade de eliminar as formas assexuadas dormentes. |