Morus nigra É EFETIVA CONTRA ISOLADOS CLÍNICOS DE Staphylococcus aureus E AUMENTA O EFEITO DE ANTIMICROBIANOS SINTÉTICOS
FLÁVIO JÚNIOR BARBOSA FIGUEIREDO1,2,3, LUCAS DAVID RODRIGUES DOS SANTOS1,2,3, GABRIEL LOPES CALIXTO1,2,3, ANNA CAROLINE AGUIAR 1,2,3, MARCUS VINÍCIUS DIAS-SOUZA1,2,3
1. FS - Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho, 2. FUNORTE - Faculdades Unidas do Norte de Minas, 3. IRR - Instituto René Rachou , 4. USP - Universidade de São Paulo, 5. UNIVALE - Universidade Vale do Rio Doce
carolcaguiar@yahoo.com.br

A resistência aos antimicrobianos representa um grave problema de saúde pública mundial por reduzir as alternativas de tratamento das doenças infecciosas. Esse cenário critico aponta para a necessidade de obter novas formulações capazes de destruir as bactérias resistentes, sendo as plantas medicinais uma possível fonte de obtenção de compostos ativos. A espécie Morus nigra é uma planta utilizada em diferentes partes do mundo como fitoterápico, sendo popularmente conhecida como amora negra. Estudos prévios vêm demonstrando suas atividades anti-inflamatória, antioxidante, hipoglicemiante, entre outras. Esse estudo avaliou a atividade antimicrobiana do extrato hidroalcoólico da M. nigra (EMN) e a sua interação com antimicrobianos sintéticos prescritos na clínica. Foram utilizados cinco isolados clínicos (obtidos de ponta de cateter) e uma cepa ATCC de Staphylococcus aureus , previamente identificadas pelo sistema VITEK® 2 e cultivados em ágar Nutriente. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi determinada por meio da coloração com resazurina utilizando microdiluição em placas de 96 poços contendo caldo BHI, nas quais se adicionou a suspensão bacteriana na escala 0,5 de MacFarland e o EMN em concentrações que variaram de 7,8 a 1000µg / mL. A interação do EMN com os antimicrobianos foi avaliada por meio da difusão de discos em meio sólido, onde o EMN, com concentração igual a 1000µg / mL , foi combinado com antimicrobianos de uso clínico (Amoxicilina 10mg, Levotiroxina 5mg, Penicilina 10mg, Gentamicina 10mg, Sulfazotrimim 25mg). Considerou-se como efeito sinérgico ou antagônico quando o halo de inibição do antimicrobiano associado com o extrato teve diâmetro, respectivamente, maior ou menor à 2 mm, em comparação ao halo formado pelo antimicrobiano isolado. A CIM do EMN nas diferentes cepas utilizadas variou de 7,8 a 15,6µg / mL . Observou-se uma tendência de sinergismo da combinação desse extrato com amoxicilina e levotiroxina. O EMN é ativo contra sobre isolados clínicos de S. aureus e potencializa o efeito de fármacos antimicrobianos sintéticos. Os dados obtidos sugerem que a partir da amora negra podem ser desenvolvidos fitofármacos capazes de melhorar a ação medicamentos utilizados no tratamento de infecções causadas por bactérias resistentes. Novos ensaios serão realizados com o fracionamento biomonitorado do EMN. 

Palavras-Chaves: Amora Negra, Fitoterápicos, Morus nigra , Sinergismo , Staphylococcus aureus .



Palavras-chaves:  Amora Negra, Fitoterápicos, Morus nigra , Sinergismo, Staphylococcus aureus