VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL COM SOROLOGIA POSITIVA PARA O HIV EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA ESTADUAL PARA ASSISTÊNCIA A PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM PERNAMBUCO
ELIANE GUIMARÃES FORTUNA 1, MARIA EULÁLIA DE MOURA CORTE REAL1, EDVÂNIA SILVA DO NASCIMENTO1, SUELI TEIXEIRA FREITAS1, ELIANE VILAÇA FIGUEIREDO1, MANUELA DE AGUIAR SANTOS RIBEIRO1, CAIO CESAR DE CARVALHO CAVALCANTI1
1. HCP - HOSPITAL CORREIA PICANÇO
ELIANEFORTUNA@GMAIL.COM

Ctrl/Cmd+VNos dias atuais, a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) ainda constitui um relevante problema de saúde pública pela sua magnitude, transcendência e caráter pandêmico. Em 1988, o Ministério da Saúde do Brasil recomendou a testagem universal para o HIV nas gestantes/parturientes/puérperas, pois intervenções adequadas e oportunas diminuem o risco da transmissão vertical para menos de 1%. Casos de Infecção pelo HIV, aids, gestantes/parturientes/puérperas com HIV e crianças expostas ao HIV são de notificação compulsória em todo território nacional. O estudo descreveu as características das mulheres em idade fértil notificadas para a infecção do HIV num hospital de referência para HIV/aids em Pernambuco. Estudo descritivo de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) notificadas para infecção pelo HIV no período de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Hospital Correia Picanço (HCP), referência estadual para assistência as pessoas vivendo com HIV/aids, localizado em Recife, capital de Pernambuco. Os dados foram obtidos no Sinan-HCP . A s variáveis da pesquisa foram descritas por meio de frequências absoluta e relativa, e medianas . Foram notificadas para o HIV 416 mulheres, das quais 330 (79,3%) em idade fértil. Predominou a faixa etária de 35 a 48 anos (56,1%), com mediana de 31 anos, variando de 14 a 48 anos. Gestantes no momento da notificação para o HIV foram 11, com idade entre 15 a 43 anos, mediana de 29 anos e faixa etária de 19 a 34 anos (54,4%) mais acometida. A raça mais frequente foi a negra (74,4%). Quanto à moradia, 94,5% residiam em zona urbana, 56,4% no Recife, 31,2% em outros municípios da Região Metropolitana do Recife e 12,4% nos demais municípios de Pernambuco. Entre as moradoras do Recife os bairros de Nova Descoberta, Ibura, Agua Fria e Campo Grande foram os de maior ocorrência (8,6%, 7,5%, 4,8%, 4,8%, respectivamente). Ressalta-se a importância da implementação das medidas de detecção precoce e prevenção da infecção pelo HIV nos sistemas de saúde, focado para mulheres em idade fértil, garantindo uma atenção adequada no pré-natal, parto e puerpério visando à prevenção da transmissão vertical; também, há necessidade de garantir a notificação ao Sinan dos casos de HIV, bem como a melhoria da qualidade da informação, pois a ausência de registros pode comprometer as ações prioritárias para as populações mais vulneráveis ao HIV, como mulheres e crianças.



Palavras-chaves:  HIV, MULHER, VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA