PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA FEBRE AMARELA NO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2018
ARIOSTO AFONSO DE MORAIS 1, ALINE LIMA BRITO1, EMÍLIA MENDES DA SILVA SANTOS1, GUILHERME JOSÉ DE AZEVEDO GUEDES JÚNIOR1, RAELLY RAMOS CAMPOS XIMENES1, EUDSON WESLEY DE OLIVEIRA AGRA1, DANIEL CAVALCANTI SENA1, INÊS DE OLIVEIRA AFONSO MAIA1
1. UNICAP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO, 2. PMR - PREFEITURA MUNICIPAL DE RECIFE/PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, 3. EBSERH-HCPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 4. EBSERH-UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, 5. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO/CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE/NÚCLEO DE CIÊNCIAS DA VIDA, 6. FMO - FACULDADE DE MEDICINA DE OLINDA
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A Febre Amarela é uma doença infecciosa ocasionada por um vírus e com transmissão por meio de vetores, não possui cura e pode ser considerada fatal. Ela tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti. Este estudo teve como objetivo determinar a incidência, as internações hospitalares e a mortalidade por Febre Amarela no Brasil no período de 2013 a 2018. Tratou-se de um estudo epidemiológico observacional e retrospectivo realizado no período de abril de 2013 a abril de 2018. Os dados foram coletados através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no qual foram consultados os casos confirmados da doença, as internações e os óbitos. Foram confirmados três casos de Febre Amarela no ano de 2013, um  em 2014, nove em 2015 e cinquenta e dois em 2016. De 2017 até abril de 2018, período do surto, o total de casos não consta nos dados. De 2013 a 2016, os dados do DATASUS referem-se a todas as regiões brasileiras, a exceção do Nordeste. Para as Autorizações por Internações Hospitalares (AIH), constataram-se em todas as regiões brasileiras seis internações em 2013, nove em 2014, treze em 2015, vinte e oito em 2016. Para o ano de 2017 foram registrados 751 internamentos e 850 até o mês de abril de 2018, totalizando 1.657 casos desde abril de 2013. Quanto ao número de óbitos, foram verificados 123 óbitos em 2017 e 145 até abril de 2018, totalizando 268 óbitos. Os resultados demonstraram que entre os anos de 2013 e 2016, a Febre Amarela não obteve uma grande aumento no Brasil, desse modo, as internações hospitalares também não foram expressivas. Contudo, em 2017 e até abril de 2018, teve-se um grande aumento no número de internamentos e de óbitos. Observou-se que a doença estava controlada no Brasil entre os anos de 2013 e 2016, no entanto, houve um surto dessa infecção a partir de 2017. Em 2018 só até o mês de abril, a incidência já foi maior do que o total de 2017, tendo estas se concentrado na Região Sudeste (98,13% dos internamentos e 97,06% das mortes). Um dos motivos que justificam a disseminação da doença refere-se ao deslocamento das pessoas com a infecção e ausência da vacinação nos casos inicialmente registrados. Com isso, faz-se necessário que ocorram iniciativas e políticas de prevenção mais eficazes para controlar a epidemia no país, dando ênfase à vacinação da população geral e o combate aos vetores.



Palavras-chaves:  Febre Amarela, Surto, Epidemia, Brasil