ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICO DA HEPATITE C NO BRASIL
ROBERTA PINHEIRO DE SOUZA 1
1. UNIFG - Centro Universitário FG
robertapinheirodesouza@gmail.com

As hepatites virais constituem um enorme desafio à saúde pública em todo o mundo. Possui três formas clinicas, sendo elas a agudas graves, crônicas descompensada e hepatocarcionoma. A hepatite C apresenta maior relevância clínica devido a quantidade de óbitos registrados. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil epidemiológico da Hepatite C no Brasil no recorte temporal de 1999 a 2017. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de caráter quantitativo. Os dados foram advindos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). A tabulação foi realizada no Bioestat 5.4, com o nível de significância de 5% (p<0,05).  A confecção dos dados e tabelas fora através do programa Excel software Microsoft Office 2013. Até o ano de 2016 foram destacados no Brasil 319.751 casos de hepatite C, que apresentou-se um dos marcadores reagente-anti-HCV ou HCV-RNA. Foram contabilizados 155.032 casos com os dois reagentes. Na análises dos casos destacando ambos os reagentes por regiões temos: Sudeste (64,1%), Sul (24,5%), Nordeste (5,5%), Centro-Oeste (3,3%) e Norte (2,5%). No período de 2003 a 2016 foi observado um aumento de casos em quase todas as regiões, no entanto o Nordeste apresentou as menores taxas. Desde 1999, entre os 182.389 casos confirmados de hepatite C, 106.637 (58,5%) ocorreram em indivíduos do sexo masculino e 75.683 (41,5%) no sexo feminino. Em 2016, as maiores taxas de detecção foram observadas, em ambos os sexos, na faixa etária de 55 a 59 anos, chegando a uma taxa de detecção de 46,6 casos por 100 mil habitantes para os homens e 33,7 para mulheres. No quesito raça/cor (61,3%) brancos, (28,8%) pardos, (8,8%) pretos, (0,8%) amarelos e (0,3%) indígenas. Em relação à escolaridade (28,9%) dos registros têm a informação registrada como “ignorada”. A maioria referiu escolaridade da 5ª à 8ª série incompleta, em ambos os sexos. Os indivíduos analfabetos (<2,5%) de todos os casos. Quanto à provável fonte ou mecanismo de infecção, ressalte-se a falta de informação em (52,1%) de casos notificados, uso de drogas (29,2%), transfusão sanguínea (25,3%) e relação sexual desprotegida (18,3%). Em 2016, o percentual de infecções relacionadas ao uso de drogas foi de 24,8%, e a proporção de infecções por via sexual foi maior que por via transfusional: 24,2% e 21,7%, respectivamente. Conclui-se que a Hepatite C se configura como um problema de saúde pública no país.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Hepatite C, Mortalidade