DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANTICORPOS IGM E IGA SALIVAR ANTI-PGL-1 EM CONTATOS MENORES DE 16 ANOS DE PACIENTES COM HANSENÍASE |
O Brasil é o segundo país com maior incidência de hanseníase no mundo. Em 2015, o país apresentou uma taxa de detecção de 14.06 casos por 100 mil habitantes. Embora o número de novos casos pareça diminuir, nos últimos anos no Brasil, isso pode não representar a realidade. Pois, a alta incidência da doença entre crianças significa que a transmissão do bacilo está ativa na comunidade. Como as bactérias não são cultiváveis, os anticorpos salivares poderiam ser ferramentas úteis para detectar a infecção precoce. A nasofaringe é o principal portal de entrada do Mycobacterium leprae e as células epiteliais nasais são um importante reservatório do bacilo. O projeto teve como objetivo analisar os anticorpos salivares anti-PGL-1 IgA e IgM em crianças (n = 169) de 4 a 16 anos de idade, que viviam nas proximidades ou dentro da casa de pacientes com hanseníase multibacilares ou paucibacilares em dois municípios, Alagoas, Brasil . Em 2015, Rio Largo apresentou 14 casos abaixo dos 16 anos de idade por 100.000 habitantes e Santana do Ipanema, 32 casos por 100.000 habitantes. Os anticorpos salivares anti-PGL-1 foram quantificados por método imunoenzimático (ELISA). A idade dos contatos e o grau de relação com o caso índice não estavam correlacionados com os níveis de IgM e IgA. A detecção de IgM salivar positiva entre jovens sugere que a transmissão do M. leprae está ativa na comunidade. Por esta razão, uma estratégia a nível municipal é extremamente urgente, a fim de reduzir a disseminação do bacilo. Finalmente, sugerimos no presente trabalho que anti-PGL salivar IgA e IgM são importantes biomarcadores a serem utilizados para identificar comunidades com provável transmissão ativa de M. leprae . |