RECIDIVAS DE MALÁRIA CAUSADA PELO Plasmódium vivax NO MUNICÍPIO DE ARAGUATINS-TO |
As recidivas de malária por Plasmodium vivax são caracterizadas pela reincidência da parasitemia assexuada após o inicio do tratamento. Isso se deve a falhas terapêuticas; reativação de hipnozóitos; e nova exposição ao vetor. No ano de 2017 o Tocantins registrou 72 casos de malária confirmados, 59 casos foram registrados no município de Araguatins, destes, 29 recidivaram. Este estudo descreve e analisa todos os casos de malária por P. vivax que recidivaram em Araguatins. Trata-se de um estudo ecológico conduzido com dados do Sistema de Informação Vigilância Epidemiológica da Malária (SIVEP-Malária/SVS/MS), no Estado do Tocantins no ano de 2017. A analise descritiva e quantitativa dos dados foi realizada com auxílio do Microsoft Excel ® 2007. Em 2017, 29 pacientes foram notificados com recidivas de malária por P. vivax , destes, 72,4% eram do sexo masculino, 55,2% com faixa etária de 18 a 39 anos e 75,9% das pessoas não completaram o ensino médio. As pessoas que exercem atividades que as deixam suscetíveis a adoecer correspondem a 48,3%. O equivalente a 99,6% das recidivas ocorreram após o 21º dia após o inicio do tratamento e 89,6% utilizaram esquema curto no primeiro episódio de recidiva. O percentual de recidivas no município pode ser considerado alto quando comparado a outros estudos. Os pacientes que apresentam episódios frequentes de recidivas possuem intervalos regulares de reaparecimento da doença, o maior risco de um paciente recidivar ocorreu da quarta a nona semana após o inicio do tratamento. Verificou-se que os pacientes no primeiro episódio de recidiva receberam esquema terapêutico curto (07 dias) diferente do indicado, que é o esquema terapêutico longo (14 dias). Portanto, não se podem descartar fatores associados à administração dos antimaláricos. O risco de contrair malária está sobre todos os indivíduos, todavia pessoas do sexo masculino, com baixa escolaridade e que executam atividades de risco, como encontrado no estudo, possuem maior risco e exposição à doença. Os resultados sugerem a necessidade de realizar treinamento voltado para os profissionais da saúde, tendo como objetivo o cumprimento dos protocolos atendimento e tratamento dos pacientes disponibilizados pelo Ministério da saúde. |