DESEMPENHO DE TESTES DIAGNÓSTICOS EM PACIENTES COM TUBERCULOSE ACOMPANHADOS EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA |
Conhecer o desempenho dos testes na rotina de serviço é importante para alcançar a cura e o tratamento de Tuberculose. Objetivou-se analisar a concordância entre os exames Baciloscopia, Cultura, GeneXpert MTB/RIF, Radiografia de Tórax e Tomografia Computadorizada de Tórax, de pacientes em acompanhamento clínico de tuberculose. O estudo é do tipo retrospectivo descritivo. Foram analisados os resultados de exames laboratoriais e de imagem de pacientes portadores da forma pulmonar da tuberculose na Unidade de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da UFMS, no período de 2012 a 2017. Foi utilizado a concordância através do coeficiente de Kappa (escala de concordância de <0,000 a 1,000). Nos casos pulmonares, os exames considerados no estudo foram somente aqueles ligados a materiais pulmonares como escarro, lavado brônquico e biópsia pulmonar. 82 indivíduos foram analisados. Predominaram homens (79,2%), faixa etária 18-43 anos (51%), e idade média de 44,5 anos (DP± 16,1). 60,9% dos pacientes obtiveram diagnóstico clínico-epidemiológico. 39,1% estavam sob tratamento empírico. Pacientes portadores de HIV/AIDS representaram 32,9% (27/82). No grupo de pacientes que não vivem com HIV/AIDS (55/82), o coeficiente de Kappa para Baciloscopia/Cultura foi de 0,457 (moderada concordância), -0,043 para Baciloscopia/GeneXpert MTB/RIF (nenhuma concordância), 0,067 entre Cultura/GeneXpert MTB/RIF (fraca concordância) e 1,000 entre os exames de imagem Radiografia e Tomografia Computadorizada de Tórax (perfeita concordância). No grupo de pacientes vivendo com HIV/AIDS (27/82), o coeficiente entre Baciloscopia/Cultura foi de 0,304 (razoável concordância), 1,000 para Baciloscopia/GeneXpert MTB/RIF (perfeita concordância), 1,000 entre Cultura/GeneXpert MTB/RIF e por fim, entre Radiografia/TC de Tórax, Kappa também foi de 1,000. Concluiu-se que a concordância entre os exames de pacientes com HIV/AIDS foi “boa” à “perfeita”. Entre pacientes sem HIV/AIDS, a concordância variou de “nenhuma” a “moderada”. O tamanho amostral do estudo foi uma limitação. |