OS DESAFIOS DE IMPLANTAÇÃO DA PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO, FRENTE AO COMBATE DO HIV NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA.
JESSICA TAINã CARVALHO DOS SANTOS1, ALINE FERREIRA TARGINO SOARES1, CLARISSA MOURÃO PINHO1, EMILY KELLY ARRUDA DO NASCIMENTO1, ISYS NASCIMENTO SOUZA RAMOS1, LAíS BARBOSA PIMENTEL1, LARISSA RAYANE SANTOS DA SILVA1, MARIA SANDRA ANDRADE1, MôNICA ALICE SANTOS DA SILVA1, SERGIO BALBINO DA SILVA1, ROBERTA LARISSA FARIAS DE AQUINO1
1. FENSG - UPE - Faculdade Nossa Senhora das Graças - Universidade de Pernambuco
jessica.taina.upe@gmail.com

A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) está se tornando uma estratégia crucial para a prevenção do vírus. Através do uso oral do esquema antirretroviral composto por emtricitabina e tenofovir, em homens que fazem sexo com homens, mulheres transexuais HIV-negativos e cassais sorodiscordantes propensos a serem infectados pelo HIV através de contatos sexuais com seus parceiros soropositivos. A PrEP já disponível nos Estados Unidos, está sendo implandada no Brasil. Porém, ainda existe uma necessidade de avaliação e compreenção sobre os possíveis fatores de risco dessa nova estrátegia.Objetivou-se analisar as evidências ciêntificas da PrEP na literatura cientifíca, avaliando fatores de risco da sua implantação no Brasil. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, constituida por 12 artigos, em pesquisa realizada nas plataformas MedLine, PubMed, LILACS e Scielo. Inicialmente, resultando em 32 artigos encontrados, através dos descritores Hiv AND Profilaxia Pré-exposição acessível no DECS. Sendo selecionados 12 artigos, destes 10 estudos na MEDLINE em inglês e 2 na PubMed em português. Não foi encontrado nenhum estudo LILACS e Scielo . Tais estudos são disponibilizados na íntegra e publicados no período de 2017 a 2018. Pode-se observar que todos os artigos incluídos no estudo relatavam a eficácia da PrEP . Contudo, é evidenciado que a principal preocupação dos profissionais de saúde está relacionada a contaminação por outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, visto que com o uso da PrEP poderá haver a diminuição substancial do uso do preservativo nas relações sexuais. A baixa escolaridade e o conhecimento deficiente acerca da terapia, são mensurados como fatores de risco em 43% dos artigos. Além disso, há os efeitos colaterais relacionados ao uso do ARV e uso de drogas que podem influenciar negativamente na adesão a PrEP, fator determinante para a eficácia da terapia. O estigma social, as barreiras pessoais e estruturais, associadas à um sistema público de saúde, trouxe preocupação em 35% dos estudos. Logo, medidas interventivas que abordem a conscientização da PrEP e a percepção de risco do HIV entre os pacientes elegiveis a terapia, são necessárias para maximizar o impacto dessa estratégia de prevenção na redução da infecção por HIV no Brasil. Além disso, torna-se evidente a necessidade de novos estudos nacionais que se aprofudem na análise desta temática.



Palavras-chaves:  HIV, Profilaxia pré-exposição, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida