PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E INFECÇÕES OPORTUNISTAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV.
JESSICA TAINã CARVALHO DOS SANTOS1, ALINE FERREIRA TARGINO SOARES1, CLARISSA MOURÃO PINHO1, CYNTHIA ANGéLICA RAMOS DE OLIVEIRA DOURADO1, EMILY KELLY ARRUDA DO NASCIMENTO1, EVELYN MARIA BRAGA QUIRINO1, ERIKA SIMONE GALVãO PINTO1, ISYS NASCIMENTO SOUZA RAMOS1, LAíS BARBOSA PIMENTEL1, LARISSA RAYANE SANTOS DA SILVA1, MARIA SANDRA ANDRADE1, MôNICA ALICE SANTOS DA SILVA1, ROBERTA LARISSA FARIAS DE AQUINO1, SERGIO BALBINO DA SILVA1
1. FENSG-UPE - Faculdade Nossa Senhora das Graças - Universidade de Pernambuco
jessica.taina.upe@gmail.com

Diante dos avanços no âmbito da saúde, observa-se mudanças positivas no perfil das PVHIV, entretanto, ainda nos dias atuais a adesão ao antirretroviral ainda se configura como um problema para o paciente, sendo evidenciado naqueles com uso inadequado, um comprometimento do estado imunológico, e consequentemente, o aparecimento das Infecções Oportunistas. O objetivo desse trabalho é d escrever a situação epidemiológica e clínica das PVHIV com diagnóstico de infecção oportunista. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados se deu a partir da análise dos prontuários das PVHIV com diagnóstico de infecção oportunista internadas no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016 em um serviço de referência no tratamento do HIV/aids do estado de Pernambuco, sendo incluídos na amostra 181 indivíduos. Foi constatado que a maioria dos participantes apresentavam faixa etária entre 30 a 39 anos (39,2%), procedentes da Região Metropolitana do Recife (103; 56,9%), sexo masculino (113; 62,4). Quase a metade dos participantes eram solteiros (90; 49,7%), com escolaridade até o ensino fundamental II (52; 28,7%). Referente aos dados clínicos, 39% dos pacientes são portadores do HIV a mais de 4 anos, e 34% a <1 ano. Foram encontrados 24 esquemas de ARV diferentes, houve um predomínio daqueles que faziam o uso do esquema composto por Tenofovir+Lamivudina e Efavirenz (65;35,9%). Dos que tinham iniciado a ARV, 97 (59,8%) já haviam realizado mudança do esquema e 87 (53,7%) interrompido a terapia. Foram evidenciadas 8 Infecções oportunistas neste estudo, nas quais as mais prevalentes foram: neurotoxoplasmose 76 (37,6%), seguida por candidíase esofágica 34 (18,7%) e Pneumonia por Pneumocystis Jirovecii 21 (11,6%), sendo 115 (63,5%) dos pacientes realizaram profilaxia primária. A importância de uma boa adesão a terapia, está diretamente relacionada a um aumento do CD4 e uma diminuição da carga viral, concernindo numa menor chance de sofrer com infecções oportunistas que podem cursar não somente em menor qualidade de vida, como também em morte. Contudo, é de extrema relevância a criação do vínculo profissional-paciente, principalmente no que diz respeito a adesão ao tratamento. Já naqueles que se encontram internados e acometidos por Infecções Oportunistas, é importante que além da investigação, tratamento dessas infecções, sejam minimizadas as possíveis sequelas destas.



Palavras-chaves:  HIV, Infecções Oportunistas, Perfil Epidemiológico