PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E INFECÇÕES OPORTUNISTAS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV. |
Diante dos avanços no âmbito da saúde, observa-se mudanças positivas no perfil das PVHIV, entretanto, ainda nos dias atuais a adesão ao antirretroviral ainda se configura como um problema para o paciente, sendo evidenciado naqueles com uso inadequado, um comprometimento do estado imunológico, e consequentemente, o aparecimento das Infecções Oportunistas. O objetivo desse trabalho é d escrever a situação epidemiológica e clínica das PVHIV com diagnóstico de infecção oportunista. Trata-se de um estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa. A coleta de dados se deu a partir da análise dos prontuários das PVHIV com diagnóstico de infecção oportunista internadas no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016 em um serviço de referência no tratamento do HIV/aids do estado de Pernambuco, sendo incluídos na amostra 181 indivíduos. Foi constatado que a maioria dos participantes apresentavam faixa etária entre 30 a 39 anos (39,2%), procedentes da Região Metropolitana do Recife (103; 56,9%), sexo masculino (113; 62,4). Quase a metade dos participantes eram solteiros (90; 49,7%), com escolaridade até o ensino fundamental II (52; 28,7%). Referente aos dados clínicos, 39% dos pacientes são portadores do HIV a mais de 4 anos, e 34% a <1 ano. Foram encontrados 24 esquemas de ARV diferentes, houve um predomínio daqueles que faziam o uso do esquema composto por Tenofovir+Lamivudina e Efavirenz (65;35,9%). Dos que tinham iniciado a ARV, 97 (59,8%) já haviam realizado mudança do esquema e 87 (53,7%) interrompido a terapia. Foram evidenciadas 8 Infecções oportunistas neste estudo, nas quais as mais prevalentes foram: neurotoxoplasmose 76 (37,6%), seguida por candidíase esofágica 34 (18,7%) e Pneumonia por Pneumocystis Jirovecii 21 (11,6%), sendo 115 (63,5%) dos pacientes realizaram profilaxia primária. A importância de uma boa adesão a terapia, está diretamente relacionada a um aumento do CD4 e uma diminuição da carga viral, concernindo numa menor chance de sofrer com infecções oportunistas que podem cursar não somente em menor qualidade de vida, como também em morte. Contudo, é de extrema relevância a criação do vínculo profissional-paciente, principalmente no que diz respeito a adesão ao tratamento. Já naqueles que se encontram internados e acometidos por Infecções Oportunistas, é importante que além da investigação, tratamento dessas infecções, sejam minimizadas as possíveis sequelas destas. |