QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA POTAVÉL DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR EM MACEIÓ-AL |
A água é um componente essencial para manutenção da vida humana e as preocupações relacionadas a contaminação têm sido alvo de diversos estudos, quando em más condições a água pode ser fonte para transmissão de diversas doenças de origem hídrica. Para que a água seja considerada potável, precisa atender ao padrão de potabilidade estabelecido pela portaria 2914 de 12 de dezembro de 2011 do Ministério da Saúde e não oferecer ricos a saúde, sendo isenta de coliformes totais e fecais, recomenda que a contagem para bactérias heterotróficas seja até 500 UFC/mL. Objetivou-se analisar a qualidade microbiológica e físico-química de amostras de água potável de uma instituição de ensino superior localizada em Maceió- AL. As amostras foram coletadas das torneiras dos quatro campi vinculados a instituição de ensino, que é abastecida através de poços artesianos. Foi feita a desinfecção das torneiras com álcool a 70%, as coletas foram realizadas segundo ao Manual Prático de Análise de Água FUNASA, em erlenmeyer de 100 mL previamente esterilizados contendo 0,1 mL de tiossulfato de sódio a 0,1%. Foram acondicionadas em caixas térmicas e identificadas por P1, P2, P3, P4, em seguida levadas ao laboratório de microbiologia da Farmácia Escola do Centro Universitário CESMAC onde procederam-se as análises. Utilizou-se o teste rápido AGUATESTE COLI / LABORCLIN, para a avaliação da presença de coliformes totais e Escherichia coli ( E. coli ). Em 100 mL da amostra foi solubilizado o conteúdo do teste, considerado como positivo para coliformes totais a mudança de coloração do meio de cultura e para E. coli a presença de fluorescência em luz UV. Para a determinação de pH utilizou-se um potenciômetro digital. Para a contagem de bactérias foi utilizado o meio de cultura Plate count agar . Obteve-se como resultado a presença de coliformes totais em todas as amostras e para E. coli todas as amostras deram positivas exceto a amostra P2. A variação de pH inter amostras foi de 6,9 a 7,2. Resultados para contagem de bactérias: P1 4,70 × 10² UFC/mL, P2 0,355 × 10³, P3 4,52 × 10³, P4 2,73 x 10³. Conclui-se que as águas estão fora do padrão de potabilidade exigido pela legislação. Em todas as análises apresentaram a presença de contaminações, podendo ser decorrentes de falhas no tratamento, contaminação do solo ou no armazenamento. A falha na limpeza no local onde são armazenadas pode ter causado o aumento da carga microbiana, tornando assim essas águas impróprias para o consumo humano. |