PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS POR ACADÊMICOS DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS.
GILMÁRIA MUNIZ MARQUES 1, LUIZ ANTÔNIO TEIXEIRA NETO 1, MARCOS SILVA SOUZA1, GUILHERME COSTA DIAS 1, DANIELLE MUNIQUE SILVA1, PATRÍCIA NERY SILVA SOUZA1
1. IFNMG - Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Norte de Minas Gerais. Campus Salinas
gilmunizmarques@gmail.com

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda aos órgãos públicos de cada país, que façam o levantamento das plantas utilizadas na medicina tradicional no âmbito regional, identificando-as botanicamente e estimulando seu uso. A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovada através do decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006, considera a utilização das plantas medicinais como uma estratégia para geração de emprego e renda, uso sustentável da biodiversidade brasileira, avanço tecnológico e melhoria da atenção à saúde da população brasileira. O presente estudo objetivou diagnosticar e sistematizar o conhecimento de acadêmicos de ciências biológicas sobre as espécies com potencial medicinal. A obtenção dos dados foi possível por meio de questionários semi estruturados apresentados a 60 alunos do curso de graduação de licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, campus Salinas. A maioria dos entrevistados era do sexo feminino (68,3%) e utilizam as plantas medicinais apenas quando ficam doentes (72%). As espécies mais utilizadas pelos acadêmicos e suas respectivas famílias foram, o alho ( Allium sativum L) e a erva cidreira ( Lippia alba ). Os sintomas mais frequentemente tratados foram dor de garganta e tosse. Cabe ressaltar que as doenças crônicas estão presentes na grande maioria das famílias, as mais citadas foram hipertensão e diabetes. A maioria dos entrevistados utiliza as plantas medicinais por via oral na forma de chás. A parte da planta mais utilizada foi a folha e o conhecimento obtido por meio dos pais e avós. Os alunos afirmaram utilizar plantas medicinais por serem mais baratas (33%) e por serem naturais (30%). Sendo que 86,67% dos graduandos realizam cultivo de plantas medicinais em suas residências. Percebe-se que o cultivo beneficia diretamente a qualidade de vida das famílias, facilitando o acesso ao fitoterápico e diminuindo as despesas no tratamento de enfermidades . Os dados demonstram um significativo conhecimento sobre uso das plantas. Neste sentido o ambiente escolar torna-se um local propício para a realização de pesquisas fornecendo subsídios para a implantação de programas que integrem o conhecimento popular com o saber científico.



Palavras-chaves:  Ciências Biológicas, Fitoterápicos, Plantas Medicinais.