A INCIDÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO PERÍODO DE 2008 A 2013 NO MUNICÍPIO DE BELÉM DO PARÁ
ALEXANDRE VASCONCELOS DEZINCOURT 2, TYALA OLIVEIRA FEITOSA GOMES2, RITA DE CÁSSIA FARIA PEREIRA2, ANA LUIZA LEÃO MADEIRA DE ASSIS2, LAYLA MATOS SILVA2, DEUSA MERIAM DA SILVA BRITO2, VANESSA MELLO DA SILVA2, EVERALDO DE SOUZA OTONI NETO2, EDSON JANDREY COTA QUEIROZ2
1. FAMAZ - Faculdade Metropolitana da Amazônia, 2. UEPA - Universidade do Estado do Pará - CAMPUS XXII
alexandredezincourt@hotmail.com

A doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi . A transmissão ocorre por via oral, vetorial extradomiciliar, vetorial domiciliar ou peridomiciliar sem colonização do vetor. A vigilância epidemiológica detectou vários casos, principalmente na região Norte do país, especialmente no Pará. Sintomas são cansaço, febre, hepatoesplenomegalia e linfonodomegalia; em estágios mais graves, a DC acomete principalmente o coração levando à insuficiência cardíaca crônica. A contaminação é mais comum por alimentos infectados. No Pará, os picos de registros combinam com a safra do açaí, demonstrando uma relação dos casos da doença com o abatimento do fruto manipulado de maneira imperfeita. Assim, o presente estudo vem descrever o perfil dos casos de doença de Chagas no município de Belém do Pará, bem como o cenário entomológico, durante os anos de 2008 a 2013, de acordo com dados publicados pelo DATASUS. Isso através da coleta de dados disponíveis no DATASUS, onde foi pesquisada a incidência da DC no período de 2008 a 2013 no estado do Pará. O público alvo foram as pessoas notificadas com a doença nessa região nesse período. De acordo com dados coletados pelo DATASUS, entre os anos de 2008 a 2013, a frequência do surgimento da DC foi maior em pessoas entre 20 e 39 anos. Em 2010 houve maior incidência, representando 62,04%. A prevalência da doença foi maior no sexo masculino, e no ano de 2013 representou 61,40% dos casos. Belém-PA não obteve maior incidência de DC com relação aos outros municípios, segundo dados do DATASUS, apenas com destaque em 2008, onde teve uma prevalência de 66%, indicando a necessidade de estratégias de vigilância e controle do agravo, compatíveis com o padrão epidemiológico atual. A via de transmissão mais prevalente entre 2008 e 2013 foi a oral, com maior notificação em 2009, 85,18%. A maior prevalência foi em moradores que se identificaram como pardos. Com ações nas áreas endêmicas, foi possível diminuir a presença dos triatomideos nos domicílios e em seu redor; além de conscientizar a população quanto ao caráter contínuo da profilaxia. Por essas ações, a DC, antes epidêmica em regiões do Brasil, hoje é bem controlada em zonas urbanas, sendo consideradas erradicadas em algumas regiões. Mas em áreas rurais, onde a população é de baixo nível social, a DC ainda é um problema grave, que depende de ações políticas que foram empregadas nas zonas urbana e periurbanas para o controle da doença.



Palavras-chaves:  Belém-PA, DataSUS, Doença de Chagas, Epidemiologia