BUSCA ATIVA DE CASOS DE HANSENÍASE EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
MARIZE CONCEIÇÃO VENTIN LIMA^1,4, DANIELLE CHRISTINE MOURA DOS SANTOS^1,4, RAPHAELA DELMONDES DO NASCIMENTO^1,4, EMILIA CRISTIANE MATIAS ALBUQUERQUE DA ROCHA^1,4, ALINE NEIVA RIBEIRO^1,4, LEIDE DAIANA CASSIMIRO DA SILVA RODRIGUES^1,4
1. UPE/ FENSG - Universidade de Pernambuco/ Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, 3. IAM/FIOCRUZ-PE - Instituto Aggeu Magalhães (Fiocruz Pernambuco), 4. UEPB - Universidade Estadual da Paraíba, 5. IMIP - Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira
marizeventin@hotmail.com

No ano de 2016 foram notificados 25.218 casos de hanseníase no Brasil, destes 1.696 casos de hanseníase em menores de 15 anos. Nesse sentido, estratégias de vigilância utilizadas na detecção precoce, matriciamento e apoio das equipes de saúde na busca ativa de casos, educação em saúde e exames de contatos são ações que influenciam diretamente nestes indicadores. Este trabalho tem como objetivo realizar busca ativa de casos de hanseníase no território de uma Unidade de Saúde da Família- USF. Estudo quantitativo, descritivo, do tipo pesquisa-ação. Realizado no município de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil, em janeiro de 2018. Nove casos já tratados e que eram desconhecidos pela equipe da USF foram identificados. Posteriormente, foram diagnosticados cinco casos novos de hanseníase, um caso com grau de incapacidade, e outro caso em menor de 15 anos; Foram identificados cinco casos suspeitos. Diante dos resultados encontrados, reforça a necessidade de ações periódicas de busca ativa de casos no município. Um caso confirmado de hanseníase em menor de 15 anos indica focos de transmissão ativa da doença. Com relação ao caso com grau de incapacidade 2, indicativo de diagnóstico tardio, sendo necessário avaliar a efetividade das atividades da detecção oportuna no território. Os casos já tratados e desconhecidos pela USF apontam para a necessidade de avaliação do vinculo dos usuários com a equipe, autoestigma e vivencia de estigma social associados a hanseníase. A alta prevalência de casos de hanseníase no território e no município reafirma a hanseníase como um grave problema de saúde pública, o que reforça a necessidade de intensificação de ações conjuntas de capacitação da atenção básica, busca ativa e diagnóstico precoce.