Busca de casos novos de tuberculose por meio de investigação dos contactantes: Atitudes e possibilidades dos profissionais da atenção primária á saúde
ÉRIKA ANDRADE E SILVA1, GIRLENE ALVES DA SILVA1, ISABEL CRISTINA GONÇALVES LEITE1
1. UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora
erikandradesilva@gmail.com

Buscando o avanço no controle da tuberculose (TB), o Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), recomenda a busca passiva de casos novos centrada no exame baciloscópico do escarro, ou testes rápidos moleculares (TRM), para os pacientes sintomáticos respiratórios (SR) que procuram espontaneamente os serviços de saúde, e a busca ativa dos contatos de pessoas com TB, principalmente no domicílio¹. Objetivo: A proposta deste estudo é avaliar o desempenho dos serviços  atenção primária à saúde de um município prioritário mineiro  na  atenção a pessoa com TB,  em relação à dimensão “enfoque familiar”, com ênfase na investigação dos familiares contactantes. Método: Trata-se de um estudo avaliativo, transversal. Utilizado questionário PCATool, versão adaptada para avaliar atenção a TB. Participaram do estudo  677 profissionais da atenção primária à saúde (APS). Os indicadores foram considerados e relacionados ao controle de comunicantes: 1.Questionamento dos profissionais aos doentes de TB se as pessoas que moram com ele e/ou sua família apresentam sintomas da doença; 2. Solicitação de exames de rastreio de TB para as pessoas que moram com o doente de TB e/ou sua família. A tabulação dos dados foi realizada no SPSS. Resultados e discussão : Dentre os profissionais participantes, 86 % afirmaram que os doentes são sempre questionados se as pessoas que moram com ele e/ou sua família apresentam sintomas da doença, e 77% confirmaram que os profissionais da atenção básica sempre solicitam exames de rastreio para as pessoas que moram com o doente de TB e/ou sua família. Revela-se então que os doentes são questionados, na maioria das vezes pelos profissionais, quanto à existência de SR entre os contactantes familiares, embora não seja a mesma frequência de oferta dos exames de rastreio para doença. Para controle da doença, é imprescindível o diagnóstico precoce e tratamento efetivo dos casos contagiantes, que deve ocorrer por meio da busca ativa entre os comunicantes. No entanto, no contexto atual, deve-se considerar que a busca tradicional pelos contatos domiciliares precisa ser extrapolada, já que estudos recentes mostram que a investigação familiar contribui em menor  proporção como fonte de infecção e doença. Uma sugestão relevante, conforme proposto por Maciel e Sales (2016), seria a utilização de recursos que se estenda para a vigilância nos espaços sociais, como Fluxograma de Vigilância Territorial para a busca de contatos de casos de tuberculose na APS.



Palavras-chaves:  Atenção Primária à Saúde, Pessoal de Saúde, Vigilância, Tuberculose