ANÁLISE COMPARATIVA DOS CASOS DE DENGUE NOTIFICADOS NO ESTADO DO PIAUÍ A PARTIR DO ANO DE 2007 EM DIFERENTES BASES DE DADOS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE (SINAN E DATASUS).
LAÍS FERREIRA DE SOUSA 1, JOSÉ CLEVES DA SILVA MAIA1, LUCAS EMANUEL SOUSA E SILVA1, JAILSON DA SILVA SANTANA1, EDILBERTO OLIVEIRA DE SOUSA1, EDSON LOURENÇO DA SILVA1, TAMARIS GIMENEZ PINHEIRO1, MARIA CAROLINA DE ABREU1, MÁRCIA MARIA MENDES MARQUES1, ANA CAROLINA LANDIM PACHECO1
1. UFPI CSHNB - Universidade Federal do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de Barros., 2. IFPI - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí, campus Picos.
laisferreira2806@gmail.com

A dengue é uma infecção provocada por flavivírus transmitido através da picada de mosquitos fêmeas do gênero Aedes , presente em regiões tropicais e subtropicais, sendo endêmica em mais de 100 países, com 40% da população vivendo em área de risco. No Brasil, é uma doença de notificação compulsória, sendo obrigatória a sua notificação para as autoridades de saúde . Este trabalho teve como objetivo realizar a comparação entre a quantidade de casos de dengue registrados no SINAN e no DATASUS como forma de evidenciar possíveis inconsistências no número de casos da doença notificados no estado do Piauí a partir de 2007. A pesquisa foi realizada através de consultas aos sites do SINAN e do DATASUS, com intuito de acessar os dados disponíveis sobre a dengue a partir de 2007. Posteriormente, foram comparados os números totais de casos notificados todos os anos em ambos os sites. Comparando-se o número de casos registrados no DATASUS com os dados do SINAN, pôde-se notar diferenças de quantidade de casos em todos os anos, desde 2007 até 2012, onde a menor diferença foi de 10 casos, no ano de 2007, e a maior foi de 376, no ano de 2011. Outra inconsistência observada foi a ausência de dados disponíveis no DATASUS a partir de 2013, sendo que no SINAN há dados disponíveis até o ano de 2016, por esse motivo não foi possível realizar a comparação entre os dados neste intervalo. As inúmeras dificuldades enfrentadas pelos municípios durante a operacionalização das ações de controle da dengue, bem como a execução de atividades a partir de critérios próprios, indisponibilidade de pessoas que trabalham nos centros de endemia e variações na metodologia adotada podem ser apontadas como algumas das causas que tornam os dados obtidos pelos programas divergentes. A partir dos resultados obtidos, nota-se diferenças nos dados referentes ao número anual de casos da dengue, um fato preocupante, uma vez que esta é uma doença de notificação compulsória. Os resultado mostram a necessidade de uma padronização das atividades e fiscalização das autoridades responsáveis pelas notificações para evitar erros durante a notificação e/ou processamento dos dados. Tais ações evitariam falhas na descrição epidemiológica da doença facilitando o diagnóstico da real situação  possibilitando melhores ações a serem estabelecidas durante o controle desta enfermidade.



Palavras-chaves:  Dengue no Piauí , Notificação compulsória, Vigilância epidemiológica