AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA EM HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS EM DUAS FEIRAS ORGANICAS DE RECIFE, PERNAMBUCO, BRASIL |
O comércio de alimentos orgânicos vem crescendo com o passar dos anos. Portanto faz-se necessário uma avaliação parasitaria das hortaliças, uma vez que ao serem consumidas cruas oferecem risco aos consumidores pois podem transmitir doenças parasitarias. Avaliar as condições sanitárias das hortaliças: acelga, alface e couve-folha, comercializadas em feiras-livres orgânicas em Recife, Pernambuco. Os locais de coleta foram duas feiras orgânicas localizadas na Universidade Federal de Pernambuco no bairro Cidade Universitária. A primeira feira, no CCSA-Centro de Ciências Sociais Aplicadas, comercializa vegetais vindos de Lagoa de Itaenga. A segunda feira, no CB-Centro de Biociências, comercializa vegetais vindos de Gloria do Goitá. Foram analisadas 8 amostras de cada vegetal, onde em cada amostra tomou-se 8 folhas de cada vegetal, totalizando 64 folhas por vegetal e 192 no total de folhas de vegetais. As técnicas utilizadas foram: Hoffman, Pons and Janer (sedimentação espontânea), que detecta presença de ovos de helmintos, cistos de protozoários ou larvas, e o Método de Coloração Kinyoun. Observaram-se nos exames realizados positividade em 1 amostra de acelga para Entamoeba coli , em 4 amostras de alface para Entamoeba histolytica/E.dispar , Entamoeba coli , ovo de Ancilostomideo, Trichuris trichiura e presença do ácaro: Sarcoptes, já para couve-folha a positividade deu-se em 4 amostras para Entamoeba coli , Entamoeba histolytica/ E.dispar e Toxocara sp. Quanto à investigação para presença de coccídeos oportunistas, tais como: oocistos de Cryptosporidium spp, todas as amostras foram negativas. Conclui-se que as hortaliças estudadas estão fora dos padrões de salubridade, portanto sugerimos que uma melhor vigilância e controle de qualidade desses produtos são necessários para o seu consumo in natura . |