DESCRIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2017
CAROLINE LOUISE DINIZ PEREIRA 1, MILENA LIMA RODRIGUES1, JOELMA CARVALHO SANTOS1, ANDRÉA DÓRIA BATISTA1, ANA LÚCIA COUTINHO DOMINGUES1, EDMUNDO PESSOA DE ALMEIDA LOPES1
1. UFPE - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO, 2. HC - UFPE - HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
carolineldp@gmail.com

A esquistossomose mansônica é endêmica em muitos países e representa importante problema de saúde pública no Brasil. O Ministério da Saúde estima em 2,5 milhões o número de pacientes com esquistossomose, sendo a maioria localizados na região Nordeste e em populações de baixa renda. Áreas como litoral e zona da mata, reúnem condições ecológicas que propiciam intensa proliferação dos hospedeiros intermediários do gênero Biomphalaria . Assim como outras doenças negligenciadas, apresenta investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e nas ações de controle. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil demográfico dos pacientes acometidos por esquistossomose no estado de Pernambuco no ano de 2017. Foram avaliados os registros no Sistema de informação de agravo de notificação do Ministério da Saúde, o SINAN – DATASUS, notificados em 2017 no estado de Pernambuco. Foram registrados 237 novos casos de pacientes com esquistossomose nos seguintes municípios, dentre os quais se destacam Recife, capital do Estado (38,9 %), e alguns municípios do Agreste, como Toritama (17,7 %), Santa Cruz do Capibaribe (14,7 %), Lagoa de Itaenga também (7,2 %), além de São Lourenço da Mata na Zona da Mata Norte (2,1 %) perfazendo o total de cerca de 80% dos casos. Em relação ao sexo, foi verificado que 53,6 % dos casos ocorreram em homens, com média de idade de ± 33 anos e 37,5% tinham idades entre 20 e 59 anos. Um total de 124 (52%) pacientes foram acompanhados quanto à evolução da doença, dos quais 41% receberam tratamento. Destes 124, aproximadamente 10% vieram a óbito por complicações advindas da doença. Neste levantamento verificou-se que três municípios do Agreste e a capital do estado são responsáveis pela maioria das notificações dos casos de esquistossomose em Pernambuco. Talvez, venha ocorrendo subnotificação por parte dos municípios da zona da Mata do estado. Nos casos registrados, a enfermidade vem acometendo os dois sexos igualmente, indivíduos em idade laborativa e a taxa de tratamento da parasitose tem sido baixa.



Palavras-chaves:  ESQUISTOSSOMOSE, EPIDEMIOLOGIA, S MANSONI