SUSCETIBILIDADE IN VITRO DE ESPÉCIES DE CANDIDA ISOLADAS DA MUCOSA VAGINAL AO FLUCONAZOL E CLOTRIMAZOL
ANDRESSA SANTANA SANTOS 1, VIVIANNY APARECIDA QUEIROZ FREITAS 1, CAROLINA RODRIGUES COSTA1, BENEDITO RODRIGUES DA SILVA NETO 1, HILDENE MENESES SILVA 1, MARIA DO ROSÁRIO RODRIGUES SILVA 1
1. IPTSP/UFG - Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública-UFG
andressass12@gmail.com

A candidíase vulvovaginal (CVV) é um problema de saúde pública mundial, que afeta cerca de 70% das mulheres durante a idade reprodutiva. Na ausência de um teste laboratorial rápido, confiável e de baixo custo, para diagnóstico de CVV o clínico, geralmente realiza um tratamento empírico diante dos sinais e sintomas apresentados pela mulher, os quais não são específicos da doença. Embora, os derivados azólicos sejam os principais fármacos utilizados empiricamente para terapia de CVV, muitos isolados de Candida se tornaram resistentes a esses medicamentos, tornando necessário o diagnóstico diferencial das espécies e a verificação da suscetibilidade da levedura aos diferentes agentes antifúngicos. O objetivo deste trabalho foi identificar as espécies de Candida isoladas da mucosa vulvovaginal  e verificar a sua suscetibilidade in vitro aos antifúngicos fluconazol e clotrimazol. A secreção vaginal de 55 mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia com diagnóstico clínico de CVV procedentes de um hospital terciário em Goiânia, Goiás, foi coletada durante um ano. As 36 leveduras isoladas dessas amostras clínicas foram identificadas por reação em cadeia da polimerase como Candida albicans em 27, C. glabrata em 5 e C. tropicalis em 4 isolados foram submetidas ao teste microdiluição em caldo, visando à determinação da concentração inibitória mínima (CIM) do antifúngico. Fluconazol e clotrimazol foram os principais fármacos prescritos empiricamente. Os resultados obtidos mostraram variações de CIM de 0,12 a >64 µg/mL para fluconazol, e de 0,03 a 1,0 µg/mL, para clotrimazol. Resistência foi observada para fluconazol em 16 (44.5%) e para clotrimazol em 5 (13,9%) isolados. Diante dos resultados obtidos podemos concluir que há necessidade de realização de testes de suscetibilidade in vitro na rotina ambulatorial de espécies de Candida aos antifúngicos, para que se possa realizar o tratamento adequado.



Palavras-chaves:  Agentes antifúngicos , Candida , Suscetibilidade