PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR CHIKUNGUNYA NO BRASIL |
Febre Chikungunya, possui como vetores mosquitos do Gênero Aedes, é ocasionada pelo vírus Chikungunya. Evolui nas formas febril aguda, para subaguda e crônica. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 31/12/2017 a 17/03/2018 houveram três óbitos por Chikununya e 13 ainda estão sobe investigação. No mesmo período, em ano anterior, foram comprovadas 32 mortes pelo vírus. Assim, o objetivo deste trabalho foi observar a mortalidade por febre Chikungunya no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo e retrospectivo. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população estimada do Brasil, em 2017, foi de 207.660.929 habitantes. O país possui área 8.516.000 km² de extensão e cinco regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Os dados foram coletados no Painel de Monitoramento da Mortalidade CID-10, Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), da Coordenação-Geral de Informação e Análise Epidemiológica (CGIAE/MS) . O período de observância foi de janeiro de 2008 à dezembro de 2017; considerando: sexo, grupo etário, raça, meses e estados brasileiros. Nesse período, foram registradas 571 mortes por Chikungunya no Brasil, sendo 306 (53,6%) só em 2016. Quando relacionamos ao sexo, houve mais óbitos entre homens (n=292; 51,1%). Dentre as raças a com maior número de óbitos foi a parda (n=307; 57,8%). Em relação ao grupo etário, os óbitos ocorreram mais em pessoas acima de 70 anos (n=363; 63,6%). Quanto aos meses, maio se sobressaiu aos demais em relação ao número de mortes (n=118; 20,7%). Foi relatado que ocorreram no Brasil 306 mortes só no ano de 2016 isso mostra que doença encontrou fatores que favoreceram a sua disseminação, como, a grande extensão territorial, ampla infestação do território pelos vetores do vírus, maior número de casos sintomáticos. Também foi observado que os casos da doença chegaram a todas as regiões brasileiras independente de poderio financeiro, pois o estilo de vida moderno estimula eventos como: acúmulo de resíduos sólidos (criadouros para vetores) e maior número de viagens; contribuindo para o aumento no número de casos. Conclui-se que o perfil de mortalidade por Chinkungunya no Brasil é de homens, pardos e acima de 70 anos de idade. A Chinkungunya, com alta taxa de mortalidade, não está recebendo a atenção necessária; haja vista não existir vacina ou medicação exclusiva e sua transmissão merece maior responsabilidade dos órgãos públicos de saúde. |