PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR CHIKUNGUNYA NO BRASIL
KAYO VICTOR ARAUJO SANTOS 1, ISADORA FERREIRA LIMA1, GLENDA LYARA RIBEIRO QUEIROZ1, FRANCISCA RAYLLANA LIMA DOS SANTOS1, FELIPE ALVES LOUZEIRO1, EVA HADASSA CARDOSO DE SOUSA1, CYNARA CRISTHINA ARAGÃO PEREIRA1
1. UFPI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI - CAFS
kayoaraujo1997@gmail.com

Febre Chikungunya, possui como vetores mosquitos do Gênero Aedes, é ocasionada pelo vírus Chikungunya. Evolui nas formas febril aguda, para subaguda e crônica. Segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 31/12/2017 a 17/03/2018 houveram três óbitos por Chikununya e 13 ainda estão sobe investigação. No mesmo período, em ano anterior, foram comprovadas 32 mortes pelo vírus. Assim, o objetivo deste trabalho foi observar a mortalidade por febre Chikungunya no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo e retrospectivo. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população estimada do Brasil, em 2017, foi de 207.660.929 habitantes. O país possui área 8.516.000 km² de extensão e cinco regiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Os dados foram coletados no Painel de Monitoramento da Mortalidade CID-10, Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), da Coordenação-Geral de Informação e Análise Epidemiológica (CGIAE/MS) . O período de observância foi de janeiro de 2008 à dezembro de 2017; considerando: sexo, grupo etário, raça, meses e estados brasileiros. Nesse período, foram registradas 571 mortes por Chikungunya no Brasil, sendo 306 (53,6%) só em 2016. Quando relacionamos ao sexo, houve mais óbitos entre homens (n=292; 51,1%). Dentre as raças a com maior número de óbitos foi a parda (n=307; 57,8%). Em relação ao grupo etário, os óbitos ocorreram mais em pessoas acima de 70 anos (n=363; 63,6%). Quanto aos meses, maio se sobressaiu aos demais em relação ao número de mortes (n=118; 20,7%). Foi relatado que ocorreram no Brasil 306 mortes só no ano de 2016 isso mostra que doença encontrou fatores que favoreceram a sua disseminação, como, a grande extensão territorial, ampla infestação do território pelos vetores do vírus, maior número de casos sintomáticos. Também foi observado que os casos da doença chegaram a todas as regiões brasileiras independente de poderio financeiro, pois o estilo de vida moderno estimula eventos como: acúmulo de resíduos sólidos (criadouros para vetores) e maior número de viagens; contribuindo para o aumento no número de casos. Conclui-se que o perfil de mortalidade por Chinkungunya no Brasil é de homens, pardos e acima de 70 anos de idade. A Chinkungunya, com alta taxa de mortalidade, não está recebendo a atenção necessária; haja vista não existir vacina ou medicação exclusiva e sua transmissão merece maior responsabilidade dos órgãos públicos de saúde.

 



Palavras-chaves:  Chinkungunya, Epidemiologia, Mortalidade