TRIAGEM VACINAL CONTRA LEISHMANIOSE VISCERAL COM DIFERENTES FRAÇÕES ANTIGÊNICAS DE LEISHMANIA BRAZILIENSIS NO MODELO EXPERIMENTAL HAMSTER |
Atualmente, não há uma vacina contra a leishmaniose visceral canina (LVC) considerada eficaz pelo Ministério da Saúde que possa ser indicada como medida de controle para saúde pública. Deste modo, novas formulações vacinais anti-LVC continuam sendo amplamente pesquisadas. No presente estudo, foi realizado ensaio pré-clínico vacinal em hamsters com os seguintes grupos experimentiais: controle, adjuvante Saponina (Sap), antígeno bruto (ABLB) de L. braziliensis (Cepa 2904), antígeno solúvel (ASLB) de L. braziliensis , antígeno particulado de L. braziliensis (APLB), APLB + Sap , ASLB + Sap e APLB + Sap. Após as imunizações os animais foram desafiados com L. infantum e avaliados ao longo de 180 dias pós desafio. As diferentes formulações avaliadas não induziram alterações locais ou sistêmicas, demonstrando-se seguras para a administração em animais. As alterações histopatológicas hepáticas e esplênicas mostraram-se ligeiramente mais acentuadas nos animais do grupo controle em relação aos grupos vacinais. Além disto, as formulações vacinais contendo antígenos de L. braziliensis apresentaram-se antigênicas, induzindo níveis de IgG anti- Leishmania após o protocolo vacinal. Ao se associar o adjuvante saponina nas diferentes formulações contendo antígeno de L. braziliensis , foi possível verificar uma indução seletiva na população de linfócitos circulantes, indicando o estabelecimento de mecanismos imunoprotetores associados a imunidade adaptativa, além de redução da carga parasitária. |