EFEITOS DE EXTRATOS DE Pterodon emarginatus VOGEL NA EVOLUÇÃO DE Strongyloides venezuelensis IN VITRO E IN VIVO
LANA CRISTINA EVANGELISTA FERREIRA SÁ 1, GABRIELA ALVES COSTA1, IRIANE RODRIGUES MALDONADE1, FERNANDA DE FREITAS ANIBAL1, THIAGO DOURADO FERNANDES1, MARIA DA GLORIA DA SILVA1, FABIANO JOSÉ FERREIRA SANT'ANA1, PRISCILA DIAS SANTOS1, KARINA ALVES FREITAS1, EDILENE FERREIRA RAMOS1, ELEUZA RODRIGUES MACHADO 1
1. UNB - 1Laboratório de Parasitologia Medica e Biologia de Vetores. Área Patologia da Faculdade de Medicina, Universidade de Brasília , 2. EMBRAPA - Laboratório de Ciências e Tecnologia em Alimentos, Brazilian Agricultural Research Corporation (Embrapa Hortaliças) , 3. UFSCAR - Laboratório de Inflamação e Doenças Infecciosas, Departamento de Morfologia e Patologia, Universidade Federal de São Carlos,, 4. UNB - Laboratório de Diagnóstico Patológico Veterinário (LDPV), Hospital Veterinário de Grandes Animais, Universidade de Brasília
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Estrongiloidíase é causada por Strongyloides sp., e tem importância na saúde pública, devido ao elevado número de morbidade e mortalidade em área endêmica. O uso de plantas medicinais aumentou atualmente, como alternativa sustentável ao tratamento convencional de bactérias, fungos, parasitos. Pterodon emarginatus é utilizado na medicina tradicional para tratamento de doenças infecciosas, e possivelmente parasitos. Objetivo: Investigar a atividade anti-helmíntica do extrato de P. emarginatus na evolução de S. venezuelensis em testes in vitro e in vivo . Métodos : In vitro usaram como controle positivo: 1500 larvas de S. venezuelensis + água, larvas + Dexametasona (0,3 mg), e controle negativo larvas + ivermectina (0,001 mg/mL). Usaram extrato aquoso puro e concentrações variando de 100 mg/mL a 1,56 mg/mL. As placas foram incubadas a 28ºC, e as avaliações da sobrevivência dos parasitos feitas em: 24, 36, 48, 72 h, usando M.O. Com os resultados fizeram a curva de mortalidade (DL50), dose indicada de 50 mg/mL. In vivo usaram camundongos da linhagem Swiss , pesando cerca de 30 g, ambos sexos, sendo 5 animais por grupo. Cada animal recebeu 1500 larvas via subcutânea. Os tratamentos foram via oral com água pura, ivermectina, extrato puro, diluídos na dose de 50 mg/mL e administradas 100µL / animais nos dias: zero, três e seis após a infecção via oral. No 7º dia sacrificaram os camundongos, e coletaram o sangue para contagem de leucócitos totais e diferenciais, dosagens de anticorpos. Fragmentos dos baços, corações, fígados, intestinos delgados, e pulmões foram usados em analises histopatológicas, e os restante desses órgãos e 10 cm dos intestinos delgados usados para recuperação de fêmeas parasitas, larvas e ovos. Resultados: Os testes in vitro mostraram que extrato aquoso bruto na concentração acima de 31,70 mg/mL (DL50) tem capacidade de matar 50% das larvas após 12 h. Essa concentração tem efeito anti-helmíntico, pois expulsou fêmeas parasitas de forma similar ao ivermectina, reduziu o número de ovos e larvas. Não foram tóxicos para os animais, não interferiu na síntese de leucócitos: células mononucleares e eosinófilos, porém induziu síntese de neutrófilos, não interferiu na síntese de IgG2a e IgE. Conclusões: Extrato aquoso de P. emarginatus tem efeitos na evolução de S. venezuelensis de forma semelhante a ivermectina in vivo e in vitro , e sem toxicidade para os animais, portanto pode ser usado para isolamento do princípio ativo e produção de novos vermífugos.



Palavras-chaves:  helmintos, swiss mice, invermectina, LD50, sucupira