ANÁLISE DE CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM HOSPITAL GERAL DE RECIFE- PE
GLAYCE KELLY SANTOS SILVA1, ANA PAULA DOS SANTOS SILVA1, ANDERSON ALVES DA SILVA1, BEATRIZ MENDES NETA1, CAMILA INGRID DA SILVA LINDOZO1, EZEQUIEL MOURA DOS SANTOS1, GISLAINY THAIS DE LIMA LEMOS1, LUAN KELWYNY THAYWÃ MARQUES DA SILVA1, JABES DOS SANTOS SILVA1, MIRELLY FERREIRA LIMA1, RAMIRO GEDEÃO DE CARVALHO1, SILVIA MARIA DE LUNA ALVES1, SIDIANE BARROS DA SILVA1, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTE LIRA1, VIVIANE DE ARAÚJO GOUVEIA1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
glaycekellysantos@gmail.com

A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica da bactéria Treponema pallidum por via transplacentária, ou seja, infecção vertical. A doença apresenta dois estágios: Sífilis Congênita Precoce, diagnosticada até dois anos de vida, e Sífilis Congênita Tardia, diagnosticada após esse período. É considerado um evento marcador da qualidade de assistência à saúde materno-fetal, pela simplicidade do diagnóstico e fácil tratamento. O estado de Pernambuco, mesmo com todas as intervenções para sanar a sífilis congênita, apresenta fatores de riscos relacionados a baixo nível socioeconômico, a baixa escolaridade, a promiscuidade sexual e, sobretudo, a falta de assistência adequada no pré-natal. Diante disso, objetivou-se analisar casos de Sífilis congênita em Hospital de atendimento geral (HAG). A pesquisa foi realizada no HAG, em Recife-PE, no setor de epidemiologia. Os dados foram obtidos através das fichas do Sistema de Informações e Agravos de Notificação (SINAN) . O sistema apresentou de 2012 a 2017 um total de 82 casos de sífilis congênita. O instrumento de coleta continha 66 variáveis, dentre as quais foram selecionadas 12 variáveis: esquema terapêutico, escolaridade materna, realização do pré-natal, raça, diagnóstico de sífilis, rinite, anemia, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia, osteocondrite e lesões cutâneas. Os dados foram analisados através do sistema Epiinfo, para estabelecer uma porcentagem, foram dispostos em tabelas e analisados através da estatística descritiva. O projeto foi aprovado através do parecer n° 06189212.6.0000.5208, pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco. Dos 82 casos avaliados 69 (84,15%) realizaram o pré-natal, destes 35 casos (50,72%) foram diagnosticados com sífilis congênita no pré-natal, dos que foram diagnosticados no pré-natal apenas 7 (20%) realizaram o tratamento adequado e 27 (77,14%) dos casos de sífilis congênita prevaleceram na raça parda. Observou-se que a proporção das pacientes com baixo nível de escolaridade e com baixa qualidade do pré-natal realizado foi maior entre os casos de sífilis congênita materna, fornecendo um indicador para ações de intervenção nesse evento. A sífilis congênita nesta população avaliada mostrou-se presente em um pouco mais de 50%, contribuindo para o fato de que em Pernambuco são encontrados diversos fatores predisponentes.



Palavras-chaves:  Hospital, Saúde, Sífilis Congênita