SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EM PACIENTE PSIQUIÁTRICO INTERNADO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
GLAYCE KELLY SANTOS SILVA1, BEATRIZ DA SILVA CATTA1, CAMILA INGRID DA SILVA LINDOZO1, ANDREZA ROBERTA FRANÇA LEITE1, HÉRICA LÚCIA DA SILVA1, MARIA DA CONCEIÇÃO CAVALCANTI DE LIRA1, SIDIANE BARROS DA SILVA1, ROANA CAROLINA BEZERRA DOS SANTOS1, ROBSON CRUZ RAMOS DA SILVA1, VIVIANE DE ARAÚJO GOUVEIA1
1. UFPE - Universidade Federal de Pernambuco
glaycekellysantos@gmail.com

Doenças caracterizadas por transtorno da imunidade celular, resultam em maior suscetibilidade a infecções oportunistas, não sendo diferente a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS). A psiquiatria e a neurologia têm interesse em estudos com foco nas consequências clínicas da ação pelo HIV e outras patologias associadas, além das complicações psiquiátricas da infecção. O paciente acometido pelo HIV tem muita susceptibilidade ao surgimento de depressões, alterações cognitivas, sinais e sintomas psiquiátricos. A estigmatização da doença prejudica a adesão do tratamento; a terapia antirretroviral retarda o quadro de desorientação tempo espacial. Objetivou-se avaliar a possível relação entre os transtornos psiquiátricos e o HIV em um paciente com doenças psiquiátricas, internado em um Hospital Universitário (HU), em Recife/Pernambuco. Estudo de caso realizado após aprovação do projeto pelo parecer n° 06189212.6.0000.5208, pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco durante o período de outubro a dezembro de 2017. A pesquisa é um recorte do projeto sobre doenças infecciosas. Foi realizado na enfermaria de doenças infecciosas e parasitárias, através de visitas diárias ao paciente, com consulta, anotações de prontuário e acompanhamento dos resultados de exames. Paciente do sexo masculino, 45 anos portador de SIDA apresentando quadro depressivo, déficit cognitivo, deprimido, recusa o tratamento, não aceita as medicações prescritas, recusa as orientações médicas e apresenta ideias suicidas. O desenvolvimento dessas patologias necessita da atuação de um diagnóstico, tratamento adequado, visando bem-estar e retardo da evolução dessas doenças, com perspectiva de aceitação de tratamento. Na presença de comorbidades psiquiátricas, em pacientes soro positivo o diagnóstico precoce, junto com a terapia colaboraram para retardo da evolução do quadro da infeção e déficit cognitivo do paciente, pois o vírus atinge diretamente o sistema nervoso central. As lesões neurológicas resultam em sintomas psiquiátricos que podem ser de origem psicológicas ou relacionados a neurotransmissão e fisiologia, devendo ser tratados de forma adequada e separada.



Palavras-chaves:  Doença infecciosa, Psiquiatria, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida