SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA EM PACIENTE PSIQUIÁTRICO INTERNADO EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO |
Doenças caracterizadas por transtorno da imunidade celular, resultam em maior suscetibilidade a infecções oportunistas, não sendo diferente a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS). A psiquiatria e a neurologia têm interesse em estudos com foco nas consequências clínicas da ação pelo HIV e outras patologias associadas, além das complicações psiquiátricas da infecção. O paciente acometido pelo HIV tem muita susceptibilidade ao surgimento de depressões, alterações cognitivas, sinais e sintomas psiquiátricos. A estigmatização da doença prejudica a adesão do tratamento; a terapia antirretroviral retarda o quadro de desorientação tempo espacial. Objetivou-se avaliar a possível relação entre os transtornos psiquiátricos e o HIV em um paciente com doenças psiquiátricas, internado em um Hospital Universitário (HU), em Recife/Pernambuco. Estudo de caso realizado após aprovação do projeto pelo parecer n° 06189212.6.0000.5208, pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco durante o período de outubro a dezembro de 2017. A pesquisa é um recorte do projeto sobre doenças infecciosas. Foi realizado na enfermaria de doenças infecciosas e parasitárias, através de visitas diárias ao paciente, com consulta, anotações de prontuário e acompanhamento dos resultados de exames. Paciente do sexo masculino, 45 anos portador de SIDA apresentando quadro depressivo, déficit cognitivo, deprimido, recusa o tratamento, não aceita as medicações prescritas, recusa as orientações médicas e apresenta ideias suicidas. O desenvolvimento dessas patologias necessita da atuação de um diagnóstico, tratamento adequado, visando bem-estar e retardo da evolução dessas doenças, com perspectiva de aceitação de tratamento. Na presença de comorbidades psiquiátricas, em pacientes soro positivo o diagnóstico precoce, junto com a terapia colaboraram para retardo da evolução do quadro da infeção e déficit cognitivo do paciente, pois o vírus atinge diretamente o sistema nervoso central. As lesões neurológicas resultam em sintomas psiquiátricos que podem ser de origem psicológicas ou relacionados a neurotransmissão e fisiologia, devendo ser tratados de forma adequada e separada. |