INCIDÊNCIA DE HIV/AIDS E HEPATITE A E B EM IDOSOS: UMA ABORDAGEM NACIONAL DE 2007 – 2016 |
Dentre os vários ganhos conquistados pela população idosa nas últimas décadas, o prolongamento da vida sexual devido a fármacos e a outros artifícios desenvolvidos pelas indústrias é um ponto de destaque. Logo, a maior abertura para a atividade sexual tem aumentado a vulnerabilidade dos idosos às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), em especial ao HIV e às Hepatites, contribuindo para maior incidência desses agravos nesse grupo. O estudo teve como objetivo analisar a incidência de HIV e Hepatites A e B em idosos no Brasil no período de 2007 a 2016. A pesquisa teve um caráter quantitativo, observacional, descritivo, retrospectivo e documental, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN), do Sistema Informação sobre Mortalidade (SIM) e de dados disponibilizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Quanto ao HIV/AIDS, totalizaram 18.362 casos, sendo que a maioria dos idosos era do sexo masculino, 11.105; com ensino fundamental incompleto, 4.843; a região Sudeste destacou-se com 5.203; a via sexual foi o principal meio de transmissão, com 8.378, cujo número de óbitos foi expressivo entre os homens, 5.632. Acerca das Hepatites A e B, para ambas, houve prevalência do sexo masculino, com 757 e 8.886, respectivamente, e com número de óbitos igual a 141 e 985, respectivamente. Sobre a Hepatite A, foi encontrado majoritariamente a forma clínica aguda, com 878 casos, e como maior meio de exposição alimentos e água contaminados, com 436; enquanto a hepatite B teve a forma crônica com maior número de casos, com 13.266, e a via sexual como principal meio de transmissão, 1.845. Os resultados apresentados evidenciam que os idosos constituem um grupo de risco atualmente, no qual a incidência de casos de HIV/AIDS e Hepatite B vem se elevando nos últimos dez anos e tende a continuar aumentando caso as políticas públicas de prevenção a esses agravos continuarem excluindo esse público. Espera-se, portanto, que esses dados possam subsidiar o desenvolvimento de programas que tenham como objetivo reduzir a vulnerabilidade dos idosos diante não apenas desses agravos, mas também das demais IST e, assim, melhorar a qualidade de vida desse público. |