INCIDÊNCIA DE HIV/AIDS E HEPATITE A E B EM IDOSOS: UMA ABORDAGEM NACIONAL DE 2007 – 2016
EVERALDO DE SOUZA OTONI NETO 1, ELIZÂNGELA WILLOT PEREIRA1, EDSON JANDREY COTA QUEIROZ1, INGRID NUNES DA ROCHA1, JENNYFER CONCEIÇÃO DOS SANTOS MONTEIRO1, ALEXANDRE VASCONCELOS DEZINCOURT1, DIEGO PEIXOTO DOS REIS1
1. UEPA - Universidade do Estado do Pará - Campus XII
netootonni@hotmail.com

Dentre os vários ganhos conquistados pela população idosa nas últimas décadas, o prolongamento da vida sexual devido a fármacos e a outros artifícios desenvolvidos pelas indústrias é um ponto de destaque. Logo, a maior abertura para a atividade sexual tem aumentado a vulnerabilidade dos idosos às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), em especial ao HIV e às Hepatites, contribuindo para maior incidência desses agravos nesse grupo. O estudo teve como objetivo analisar a incidência de HIV e Hepatites A e B em idosos no Brasil no período de 2007 a 2016. A pesquisa teve um caráter quantitativo, observacional, descritivo, retrospectivo e documental, cujos dados foram obtidos por meio do Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN), do Sistema Informação sobre Mortalidade (SIM) e de dados disponibilizados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS). Quanto ao HIV/AIDS, totalizaram 18.362 casos, sendo que a maioria dos idosos era do sexo masculino, 11.105; com ensino fundamental incompleto, 4.843; a região Sudeste destacou-se com 5.203; a via sexual foi o principal meio de transmissão, com 8.378, cujo número de óbitos foi expressivo entre os homens, 5.632. Acerca das Hepatites A e B, para ambas, houve prevalência do sexo masculino, com 757 e 8.886, respectivamente, e com número de óbitos igual a 141 e 985, respectivamente. Sobre a Hepatite A, foi encontrado majoritariamente a forma clínica aguda, com 878 casos, e como maior meio de exposição alimentos e água contaminados, com 436; enquanto a hepatite B teve a forma crônica com maior número de casos, com 13.266, e a via sexual como principal meio de transmissão, 1.845. Os resultados apresentados evidenciam que os idosos constituem um grupo de risco atualmente, no qual a incidência de casos de HIV/AIDS e Hepatite B vem se elevando nos últimos dez anos e tende a continuar aumentando caso as políticas públicas de prevenção a esses agravos continuarem excluindo esse público. Espera-se, portanto, que esses dados possam subsidiar o desenvolvimento de programas que tenham como objetivo reduzir a vulnerabilidade dos idosos diante não apenas desses agravos, mas também das demais IST e, assim, melhorar a qualidade de vida desse público.



Palavras-chaves:  Idosos, Hepatites Virais, HIV/AIDS